pesquisa clinica pniA edição 36 - Suplemento 2 da revista Cadernos de Saúde Pública, publicada em 2020, trouxe o artigo Pesquisa clínica para o Programa Nacional de Imunizações, de autoria dos profissionais da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos Maria de Lourdes de Sousa Maia, Patrícia Mouta Nunes de Oliveira, Ricardo Cristiano Brum, Letícia Kegele Lignani e Jaqueline Toledo de Oliveira Figueira. 

No texto, os autores apontam que:

"A pesquisa clínica surge como uma ferramenta fundamental para a geração de conhecimento científico. A realização de pesquisa clínica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido efetiva, não só pela população-alvo que se deseja encontrar, mas pela participação dos diferentes profissionais que se veem envolvidos e discutindo cientificamente no seu dia a dia. Com efeito, essa parceria com o SUS é uma estratégia que promove a ampliação do conhecimento e capacitação dos profissionais da assistência, além de gerar benefícios para os laboratórios públicos e fortalecer as políticas de saúde no país."

Citam aqinda que em Bio-Manguinhos existe uma Assessoria Clínica "responsável pela condução dos ensaios clínicos com as vacinas e demais produtos fabricados pela instituição, incluindo desde estudos de fase I até a fase IV (Farmacovigilância), sempre orientados para responder às demandas provenientes de ações do SUS, e envolvendo múltiplas unidades técnicas da Fiocruz no desenvolvimento desses projetos de pesquisa. Essa área, criada em 2004, já executou mais de 19 estudos com vacinas, prestando um serviço estratégico para o PNI, ao desenvolver pesquisas alinhadas com as demandas e necessidades do Programa, permitindo que a população tenha acesso a imunobiológicos cada vez mais seguros e eficazes."

Dentre os estudos já realizados por Bio-Manguinhos, os autores informam que:

"... embasaram o PNI na tomada de importantes decisões, como por exemplo, a alteração do calendário de vacinação, com a recomendação de não aplicação simultânea das vacinas de febre amarela e tríplice viral devido à interação (com menor eficácia) entre as mesmas quando aplicadas ao mesmo tempo ou com menos de 30 dias de intervalo em menores de 2 anos 9. Outro exemplo foi a recomendação de uso de dose fracionada da vacina de febre amarela para conter surtos/epidemias, embasada em um estudo de dose-resposta realizado por Bio-Manguinhos".

 

Confira o artigo Pesquisa clínica para o Programa Nacional de Imunizações

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Mjdaff, Freepik.

 

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