A rede Brasil Saúde Amanhã, da Fiocruz, promoveu o lançamento do livro “Vacinas e Vacinação no Brasil: horizontes para os próximos 20 anos”. Editada pelo selo Edições Livres, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), a obra está disponível em acesso aberto, para download gratuito.

O lançamento, online, contou com as participações do assessor científico sênior de Bio-Manguinhos, Akira Homma; a assessora científica do Instituto, Cristina Possas; o diretor adjunto da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa; o diretor do Icict, Rodrigo Murtinho; o coordenador da iniciativa Brasil Saúde Amanhã, José Carvalho de Noronha; o coordenador da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030, Paulo Gadelha; a diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Valdiléa Veloso; o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha; e a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues.

Organizado por Homma, Possas, Noronha e Paulo Gadelha, o livro possui os capítulos Desenvolvimento e produção da vacina SARS-CoV-2, com autoria de Homma e Possas; e "Vacinas e vacinação no Brasil: horizontes para os próximos 20 anos", com participação de Homma, Possas, Marcos Freire e Maria da Luz Fernandes Leal.

A contracapa, escrita pelo diretor Mauricio Zuma, faz homenagem ao ex-assessor de Bio, Reinaldo de Menezes Martins. “Esta obra se reveste de um significado simbólico muito especial para nós, pois é uma homenagem In Memoriam ao Dr. Reinaldo de Menezes Martins, reconhecido internacionalmente pela sua atuação na área de imunizações”, afirma.

Desafios e caminhos apontados

Durante o lançamento, Cristina Possas afirmou que “escrever este livro foi um enorme desafio, pela abrangência das questões que ele aborda. Ele reflete sobre a necessidade de uma mudança paradigmática sobre o que são as vacinas e a vacinação. O desenvolvimento e uso das vacinas, além da imunoterapia, terão alto impacto sobre o futuro da medicina, que demandará uma revisão do próprio olhar da prática médica. Os desafios também são enormes, como o declínio acentuado da cobertura vacinal não apenas em nosso país, uma questão destacada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando a mesma aborda a chamada ‘hesitação vacinal’. Altas coberturas vacinais são necessárias para o cumprimento das metas do chamado desenvolvimento sustentável, como citam indicadores da GAVI e da OMS.

Em sua fala, Akira Homma afirmou que a pandemia da COVID-19 deixa ensinamentos, como o desenvolvimento acelerado de vacinas. “Estes ensinamentos devem ser incorporados aos processos existentes de desenvolvimento, e as novas tecnologias precisam ser incorporadas tanto para o desenvolvimento de novas vacinas quanto para o aperfeiçoamento das já existentes. Todos nós que somos propositores de políticas de PDI neste setor devemos aprender com o momento. O fortalecimento do Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI), do Biomedical Advanced Research and Development Authority (Barda), a Operation Warp Speed, todos estes fatores deixam claro que é sim possível desenvolver novas vacinas, em curto espaço de tempo, se houver decisão política para tal”, ressaltou.

Paulo Gadelha citou a importância global do tema para o atingimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). “Esta obra de altíssima qualidade tem a visão de futuro, em escala móvel. Temos 10 anos até 2030, para o atingimento das metas dos ODS, e para isto estes termos, vacina e vacinação, são muito significativos. Eles dizem respeito não apenas ao melhor cumprimento da questão custo x benefício, em termos de promoção da saúde pública, mas também aos desafios e possibilidades da rota biotecnológica em saúde. O livro é importante não apenas pelo que está escrito nele, mas também pelas discussões que suscitará”, apontou.
Organizado em quatro capítulos, "Vacinas e vacinação no Brasil: horizontes para os próximos 20 anos" tem abordagem intersetorial e situa o Brasil em posição diferenciada dos demais países em desenvolvimento no campo da vacinologia.

Segundo os organizadores, “os ensaios combinam perspectiva histórica e visão estratégica e transitam da pesquisa ao desenvolvimento e inovação de vacinas, englobando produção, desafios regulatórios no âmbito da globalização e uma possível agenda para o futuro, na perspectiva das relações entre Saúde, Ciência e política industrial”.

 

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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Arte Danielle Guedes sobre capa de Mauro Campello.

 

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