A Ação Humanitária para Crianças 2021 do Unicef estabeleceu, nas palavras do Fundo, "agenda ambiciosa para enfrentar os principais desafios que as crianças que vivem em meio a conflitos e crises enfrentam".
Segundo o Unicef, "em tempos de crise, as crianças são as que mais sofrem. A pandemia COVID-19 não é exceção. A pobreza e a desnutrição estão aumentando, a desigualdade está aumentando e a pandemia está afetando os serviços essenciais que garantem a saúde, a educação e a proteção de nossas crianças e jovens. Mesmo antes de a pandemia atingir, o conflito e as mudanças climáticas estavam impulsionando um crescimento sem precedentes no número de crianças que precisam de assistência humanitária. Agora, a COVID-19 está piorando a situação, ameaçando criar uma geração perdida".
As metas para 2021, que englobam ajuda a 190,8 milhões de pessoas, estão descritas em relatório do organismo.
Dentre os desafios informados pelo Unicef, estão a "crise de aprendizagem" desencadeada pela COVID-19, "com o fechamento de escolas afetando cerca de 90% dos alunos em todo o mundo"; e o recrudescimento da desnutrição: "A instabilidade econômica e a interrupção dos serviços também estão retrocedendo décadas de progresso, incluindo na luta contra a desnutrição - o Iêmen teve um aumento de quase 10% nos casos de desnutrição aguda", segundo o Fundo.
Além das novas circunstâncias trazidas pela pandemia, o Unicef elnca ainda desafios estruturantes para o futuro das crinaças, como as mudanças climáticas e a instabilidade econômica. "No Sahel Central, mais de um milhão de crianças foram forçadas a fugir por causa do conflito armado e da insegurança - um aumento de 64% em relação a 2019", cita o relatório.
Jornalista: Paulo Schueler, com informações do Unicef. Imagem: Poringdown, Freepik.