De acordo com o Boletim Epidemiológico 45 do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 511 casos da Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) temporalmente associada à COVID-19 até a Semana Epidemiológica 43, que foi até 24 de outubro.

Os casos foram em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, com aumento de 13 casos em relação à Semana Epidemiológica anterior. Há registro de 35 óbitos. Dos casos, 76,7% possuem evidência laboratorial de infecção recente pelo SARS-CoV-2 - os demais (23,3%) histórico de contato próximo com caso confirmado para COVID-19. A predominância de infecções ocorreu em crianças menores, nas faixas etárias de 0 a 4 anos (39,9%) e de 5 a 9 anos (32,9%). Dentre os óbitos, 60% ocorreram em crianças de 0 a 4 anos.

Pela primeira vez foram notificados casos e óbitos de SIM-P nos Estados do Amazonas e do Mato Grosso do Sul, totalizando 23 unidades da federação com registro de casos, das quais 14 com registro de óbitos. Não havia registro de novos casos nos estados do Maranhão, Roraima e Rio Grande do Sul. Por outro lado, a maior concentração de casos notificados desde o início da pandemia ocorreu em São Paulo, Ceará e Pará.

Histórico

Durante pico da pandemia da COVID-19 na Europa, em abril, surgiu o alerta sobre a identificação de uma nova apresentação clínica em crianças, possivelmente associada à infecção pelo Sars-CoV-2, em diferentes países. Posteriormente ela foi definida como Multisystem inflammatory syndrome in children (MIS-C), traduzido para o português como síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P). Em 24 de julho, o Ministério da Saúde implantou o monitoramento nacional da ocorrência da SIM-P temporalmente associada à COVID-19.

A doença possui, segundo o Ministério da Saúde, “amplo espectro de sinais e sintomas, caracterizada por febre persistente acompanhada de um conjunto de sintomas que podem incluir gastrointestinais – com importante dor abdominal – conjuntivite, exantema (rash cutâneo), erupções cutâneas, edema de extremidades, hipotensão, dentre outros. Os sintomas respiratórios não estão presentes em todos os casos. Há importante elevação dos marcadores inflamatórios e o quadro clínico pode evoluir para choque e coagulopatia”.

 

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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Freepik.

 

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