larva malaria fiocruz raul santana boletim epidemiologicoEm 2019, o Brasil notificou 157.454 casos de malária, redução de 19,1% diante dos 194.572 casos registrados no ano anterior. Os números fazem parte do Boletim Epidemiológico Especial - Malária 2020, lançado pela Secretatria de Vigilância em Saúde (SVS-MS).

De acordo com a publicação, o principal vetor da malária no país é o mosquito Anopheles darlingi infectado pelo protozoário Plasmodium. tal espécie de mosquito é geralmente encontrada picando no período da noite, com entardecer e amanhecer sendo os horários de maior risco para a transmissão da doença.

Dados do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM) mostram em relação à malária falciparum e à malária mista, a redução ficou em 18,9%, com notificação de 21.126 casos em 2018 e 17.139 em 2019. Já no primeiro semestre de 2020, foram registrados 60.713 casos de malária, sendo 8.758 casos de falciparum e malária mista (queda de 16,2% e aumento de 14,4%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2019 - 72.424 casos de malária e 7.656 casos de falciparum e malária mista).

A publicação afirma que:

"Apesar dos progressos obtidos no combate à malária, ela ainda é considerada um dos mais sérios problemas mundiais de saúde pública, sendo uma das doenças de maior impacto na morbidade e na mortalidade da população dos países situados nas regiões tropicais e subtropicais do planeta. A malária, em 2018, afetou de 206 a 258 milhões de pessoas em todo o mundo, causando aproximadamente 405 mil mortes, a maioria entre crianças. No Brasil, é uma doença comum na região amazônica, composta pelos estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso.

Na região extra-amazônica, formada pelos demais estados e o Distrito Federal, apesar dos poucos casos, a doença não pode ser negligenciada, pois o retardo do diagnóstico e do tratamento pode desencadear a internação e até o óbito do paciente.

O objetivo desta edição especial do Boletim Epidemiológico é documentar e divulgar informações atualizadas da situação epidemiológica da malária no Brasil, na região das Américas e no mundo, e dos componentes e estratégias utilizados pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM) na prevenção, no controle e na eliminação da doença.

Ainda tem o intuito de proporcionar o acesso sistemático a uma fonte fidedigna para os profissionais de saúde, gestores, estudantes, acadêmicos, organizações da sociedade civil e demais interessados em acompanhar a situação da malária e as tendências do quadro sanitário brasileiro".

O controle da malária está contemplado no Objetivo 3 de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou a Estratégia Global para Malária 2016-2030 para, nas palavras do Boletim, "ajudar os países a aliviarem o sofrimento humano causado pela doença mais mortal do mundo transmitida por mosquito".

Acesse o Boletim Epidemiológico Especial - Malária 2020

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Raul Santana, Fiocruz.

 

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