O Dia Mundial da Artrite Reumatoide é comemorado dia 12 de outubro. A doença pode causar dores agudas nas articulações e provocar deformações, em casos mais graves. É autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo tem mau funcionamento, ou seja, existe produção de anticorpos e proteínas que provocam inflamação em tecidos saudáveis do corpo. Infecções, genes, mudanças hormonais e fatores ambientais, como o cigarro, podem estar relacionados com a doença.

O médico reumatologista Wilson Rocha, da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos/Fiocruz, explicou que, mesmo que não haja cura definitiva, a enfermidade pode ser tratada para que o paciente viva sem prejudicar seus movimentos. O médico alertou ainda sobre os primeiros sinais da doença.

A artrite reumatoide pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas, geralmente acompanhada de rigidez para movimentá-las. “Isso ocorre principalmente pela manhã e que durar horas até melhorar. A doença se manifesta, em sua maioria, nas mãos, mas pode ocorrer também em outras articulações. Fique atento se você tiver rigidez nos dedos e dificuldade de fechar as mãos”, apontou o especialista.

Às vezes, o diagnóstico correto pode demorar muito tempo. Por isso, Wilson recomenda que as pessoas procurem logo um especialista. “Estamos aptos para oferecer diversos tipos de tratamento para manter sua doença em remissão. Com o diagnóstico precoce, ele tem o que chamamos de janela de oportunidade. Ou seja, tratando o paciente precocemente, ele não fica com sequelas e pode viver plenamente a suas atividades”. Ele frisa que este paciente necessita de acompanhamento médico. A doença não tem cura, mas o paciente, com o tratamento correto, poderá ter uma boa qualidade de vida.

Bio-Manguinhos tem papel fundamental no fornecimento de medicamentos voltados para esta doença e que são oferecidos à população pelo SUS. Através de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) vem, ao longo dos últimos anos, adquirindo a tecnologia para tornar o Brasil autossuficiente na produção de infliximabe, etanercepte, rituximabe e, mais recentemente, golimumabe.

 

Assista ao vídeo do Wilson Rocha no canal de Bio-Manguinhos no Youtube.

 

Jornalista: Gabriella Paredes. Imagem: Brgfx/Freepik

 

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