A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou o documento Contribuições para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de COVID-19, com orientações relacionadas às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia.
Além da preocupação c9om a COVID-19, é preciso ressaltar que a volta às aulas ocorre em momento em que apenas metade das crianças e adolescentes brasileiros está com sua caderneta de vacinação em dia. O sarampo, por exemplo, circula em quase todo o território nacional. Além das recomendações específicas sobre o novo coronavírus, portanto, é necessário vacinar as crianças antes que elas retornem ao convívio escolar.
O documento elaborado pela Fiocruz aborda o panorama epidemiológico no Brasil, estados e municípios, e lista indicadores globais e específicos para o retorno das atividades escolares, além de informações sobre o processo de adoecimento por COVID-19, com foco nas crianças e adolescentes, além de biossegurança, vigilância e monitoramento.
O documento aborda ainda a importância da ampla testagem da população como parte de uma estratégia contínua de vigilância em saúde, com foco no território em que estão inseridas as unidades escolares.
Especialista falou sobre uso de máscaras em crianças
Além do documento e da vacinação, outro tema específico que traz preocupação no retorno Às atividades escolares presenciais foi tema de entrevista recente da pediatra e infectologista do Ambulatório de Crianças e Adolescentes do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Alessandra Marins Pala: o uso de máscaras por crianças.
De acordo com ela, o uso é obrigatório “para todos os maiores de dois anos, com exceção das crianças que usam chupetas. O acessório deve ser utilizado nas idas às consultas pediátricas e em locais onde há circulação de pessoas, lembrando que deve ser usado com cuidado e sob a supervisão de um adulto”.
Ainda segundo ela, “ao chegar em casa, antes de retirar a máscara da criança, os pais/responsáveis devem higienizar as mãos de todos com água e sabão (de preferência líquido), detergente ou álcool em gel 70%, secando-as bem”; e que “a máscara deve ser usada por, no máximo, duas horas e, quando estiver úmida ou visivelmente suja deve ser trocada imediatamente, independente do tempo de uso; caso a máscara caia no chão durante o uso, ela deverá ser substituída por outra limpa, imediatamente; é recomendado ter sempre máscaras de reserva na bolsa e, principalmente quando apresentar sinais de desgaste, deve ser inutilizada e nova máscara deve ser feita”.
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Jornalista: Paulo Schueler, com informações do IFF. Imagem: Freepik