e book fakenews freepikA Fiocruz Brasília acaba de lançar o e-book Fake news e saúde, segundo volume da série As relações da saúde pública com a imprensa. O lançamento ocorreu durante o evento virtual de abertura do Curso de Especialização em Comunicação em Saúde, nova pós-graduação da Escola de Governo Fiocruz Brasília. A publicação é fruto de um seminário internacional sobre o tema realizado em 2019. Aedes aegypti: vetor de epidemias anunciadas foi o título do primeiro e-book da série.

As publicações têm origem em uma série de eventos de mesmo nome – o primeiro debateu o papel e a responsabilidade da mídia na cobertura sobre febre amarela. “As falsas informações se traduzem em um fenômeno social de larga escala que viceja nos mais diversos campos de nossas vidas: dos papos de botequim aos grupos de conversa em aplicativos de smartphones. Sua influência, conforme a realidade nos tem feito observar, pode definir resultados de eleições ou alterar rotinas e comportamentos ligados à saúde”, afirma o coordenador da Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília, Wagner Vasconcelos, na apresentação do livro. “Saúde pública é para ser levada a sério, diz respeito à vida das pessoas. O problema das fake news em saúde precisa ser enfrentado de forma ética, crítica, atenta e transparente”, completa a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio.

Organizado por Wagner Vasconcelos e pela pesquisadora Mariella de Oliveira-Costa, o e-book traduz e transcreve a conferência de abertura do seminário internacional de 2019, proferida pelo professor Alexandre Coutant, do Centre de Recherche sur la Communication et la Santé (ComSanté) da Université du Québec à Montréal (UQAM). Em sua conferência, Coutant visita as variadas formas com que as informações falsas podem se revelar. “Estudos mostram que consideramos mais facilmente como verdadeira uma opinião que corresponda à nossa própria opinião. Estamos mais interessados nos conteúdos que validam nossas representações do que naqueles que questionam nossas convicções”, lembra o professor. “É preciso fazer mais pesquisas junto às pessoas. Olhar suas expectativas, como entendem as informações, onde as consomem. Identificar em que ponto intervir o mais rapidamente possível”, recomenda o conferencista.

Artigos assinados pelos palestrantes do seminário compõem as três partes do livro. A primeira, Fake news: vacine-se contra, reúne reflexões sobre como se prevenir das informações falsas, assim como sobre o impacto que estas têm no campo da imunização e nas coberturas vacinais, seja no comportamento de recusa a vacinar-se, seja no de busca desenfreada por uma vacina. A segunda parte, Experiências reais no mundo das fake news, discute estratégias aplicadas ao enfrentamento das informações falsas, como nos serviços de fact-checking e nas rotinas da comunicação institucional. Já a terceira, Conflitos e dilemas no mundo da saúde, traz análises acadêmicas e práticas sobre os desafios de lidar com as fake news na ciência e na saúde. Para finalizar, o livro apresenta os estudos selecionados para a sessão científica do seminário. Com autores de diferentes locais do país, os trabalhos abordam variados temas relacionados às fake news nas redes sociais, no jornalismo e na comunicação organizacional, o que inclui iniciativas de educação em saúde, direito à saúde e impacto emocional, entre outros.

Além dos textos, ao longo do e-book o leitor encontrará cartuns sobre fake news produzidos por artistas de 14 países. Acesse o livro eletrônico Fake news e saúde.

 

Fonte: Fernanda Marques (Fiocruz Brasília). Imagem: Freepik

 

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