Em 2020, o Dia Nacional da Imunização – comemorado em 9 de junho – ocorre em meio à pandemia de COVID-19, o que gerou a baixa procura por vacinas constantes no calendário de vacinação.
Aproveitando a data, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e as sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm) e Pediatria (SBP) lançam a cartilha digital Pandemia COVID-19: o que muda na rotina das imunizações, com o objetivo de mostrar à população como ir a uma unidade de saúde e posto de vacinação com segurança e que protocolos os serviços de imunização públicos e privados devem seguir para atender o público.
Após o lançamento da cartilha, a SBIm fará a campanha de comunicação Vacinação em dia, mesmo na pandemia nas redes sociais. O conteúdo da cartilha poderá ser baixado a partir de 13 de junho nos endereços sbim.org.br e selounicef.org.br.
A data
Celebrado em 9 de junho, O Dia Nacional da Imunização objetiva conscientizar as pessoas sobre a importância da vacinação como método mais seguro para a prevenção de doenças. A existência das vacinas e seu uso em grandes parcelas da população, a chamada “cobertura vacinal”, permitiu à Humanidade a erradicação da varíola e a eliminação da poliomielite em quase todo planeta: dos três poliovírus selvagens, apenas o de tipo 2 continua existindo, e em número reduzido de localidades.
Além disso, com as vacinas foi possível obter o controle da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, além de conter a ação do rotavírus – um dos maioes causadores de gastroenterite em crianças, que leva às diarreias e tem grande impacto nos índices de mortalidade infantil.
O Brasil tem um dos mais completos programas de vacinação do planeta. Esta referência global dá acesso às vacinas de forma gratuita para a população nos postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS): o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Problema global
A queda da vacinação dutrante a pandemia de COVID-19 não afeta apenas o Brasil. Em todo o mundo, pelo menos 80 milhões de bebês e crianças correm o risco de contrair doenças como sarampo, difteria, rotavírus, meningite meningocócica, caxumba, poliomielite e febre amarela, dentre outras. O alerta foi dado em 22 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Unicef e o Gavi – aliança global pela imunização por vacinas.
De acordo com dados divulgados pelas agências, em colaboração com o Instituto Sabin, a rotina de vacinação foi “severamente prejudicada” em pelo menos 68 países, afetando majoritariamente as crianças com idade inferior a um ano.
Os locais com registros de interrupção – seja moderada, graves ou a suspensão total das atividades de vacinação – eram mais que a metade (53%) dos 129 países em que os dados estavam disponíveis. “É a maior ruptura dos programas de imunização desde 1970, quando se iniciaram campanhas globais”, relatou a OMS.
Ainda de acordo com a OMS, entre 2 e 3 milhões de mortes são evitadas por ano no mundo graças à vacinação.
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Jcomp - Freepik.com.