Milhares de amostras de pacientes graves suspeitos de COVID-19 estão sendo testadas para ter o diagnóstico correto da doença. O trabalho, que inicialmente estava sendo realizado somente nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) e Laboratórios públicos de referência, agora vem sendo ampliado gradativamente através dos esforços do Ministério da Saúde.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia explica que a doença vem sendo detectada através de dois tipos de exames principais: exame de detecção do vírus por PCR (Reação em cadeia da Polimerase) e os testes sorológicos (anticorpos presente no sangue).
O PCR é um método de biologia molecular que amplifica e identifica o material genético do vírus. Para detectar a doença, é utilizada uma amostra de secreção nasal, de orofaringe (garganta) ou escarro. Pode ser positivo já nos primeiros dias após o início dos sintomas, mas tende a ser negativo com o passar dos dias da infecção (mais que sete dias).
Essa metodologia tem como objetivo a amplificação exponencial de material genético. Ou seja, indicará a presença ou ausência de RNA do vírus que está sendo investigado. Se for positivo, é confirmada a suspeita de coronavírus.
Já os testes sorológicos dosam no sangue os anticorpos, substâncias produzidas por nosso sistema imunitário para neutralizar o vírus. Na COVID-19, os anticorpos aparecem por volta de sete dias após início dos sintomas. Os anticorpos da classe IgM aparecem primeiro que os da classe IgG, que surgem após cerca de duas semanas do contágio.
Os exames sorológicos mais comuns são denominados IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M). Ou seja, IgM positivo significa que a pessoa possui anticorpos do tipo imunoglobulina M, e daí se deduz que ela já foi exposta e está na fase ativa da COVID-19, havendo a possibilidade do microrganismo estar circulando no paciente naquele momento. Um resultado positivo para IgG pode indicar que a pessoa está na fase crônica e/ou convalescente ou já teve contato com a COVID-19 em algum momento da vida.
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Jornalista: Gabriella Ponte (com informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia)