ioc coronavirus site pequenaDando início às comemorações pelos seus 120 anos - a serem completados em 25 de maio, em data compartilhada com a Fiocruz – o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) realizou, no dia 6 de março, a solenidade de Abertura do Ano Acadêmico 2020, que teve como tema a Covid-19. A gerente de Diagnóstico Molecular de Bio-Manguinhos, Patrícia Alvarez, foi convidada para proferir uma palestra no evento.


A especialista explicou como foi a rápida atuação dos colaboradores do Laboratório de Tecnologia Diagnóstica (Lated) de Bio ao desenvolver o kit diagnóstico molecular de coronavírus para atender a essa emergência de saúde pública. O processo aconteceu em tempo recorde: 45 dias.


A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, enalteceu o trabalho conjunto, acadêmico e científico, da Fundação no enfrentamento da virose. Destacou, ainda, a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico nacional e como exemplo citou o Kit NAT-Brasileiro, desenvolvido e produzido por BioBio-Manguinhos e seus parceiros tecnolotecnológicos. “A expertise para ter o diagnóstico de coronavírus começou há muitos anos com o Kit Nat, que está consolidado na Hemorede pública brasileira e aumentou a segurança transfusional em nosso país. Gostaria de agradecer o empenho de todos os colaboradores de Bio-Manguinhos pelo acúmulo de conhecimento tecnológico e por ser um exemplo ao trabalhar de forma rápida, eficiente e integrada com o IOC. Conseguimos enfrentar, juntos, sarampo, febre amarela, dengue, zika e chikungunya. Temos que continuar investindo na ciência nacional”.


Patrícia palestrou na sessão especial do Centro de Estudos do IOC. Na ocasião, ela mostrou o histórico de upgrades do Kit NAT-Brasileiro nos últimos anos, tendo como alvos HIV, HBV, HCV e, agora, malária. “A hemorrede é atendida através de uma plataforma automatizada e Bio oferece uma solução completa com produto mais serviços. A nossa parceria com o IOC também é de longa data, em um trabalho contínuo com doenças causadas por vírus respiratórios, como influenza, entre outras. Tudo isso colaborou para o desenvolvimento do kit de coronavírus”.


Após a sequência do genoma, os pesquisadores começaram a ver o que era possível ser feito. “Em janeiro, fizemos ajustes de padronização e realizamos testes para ver como o sistema se comportava. Deu resultados satisfatórios, mostrando ser bem sensível e específico. Vamos continuar estudando o vírus e aprimorando o diagnóstico. As próximas etapas são reunir dados e documentações para fazer o registro do produto junto à Anvisa. Em um futuro breve, pretendemos tornar o resultado ainda mais rápido e o diagnóstico mais efetivo com a incorporação dos outros vírus respiratórios de importância para a vigilância epidemiológica”, adiantou Patrícia.

O evento

A coordenadora do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical, Martha Mutis, falou sobre a marca de três mil defesas de teses e dissertações alcançada, recentemente, pelos Programas do Instituto.


O evento contou, ainda, com a palestra ‘Ações do Ministério da Saúde no contexto de emergência global’, ministrada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kléber de Oliveira. Como não pôde estar presente, apresentou remotamente. Foi ministrada, ainda, a palestra ‘Biologia do COVID-19 e diagnóstico laboratorial’, com os pesquisadores Marilda Siqueira e Fernando Motta, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC/Fiocruz.

 

Jornalista: Gabriella Ponte

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