macaco-pequenoA Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) divulgou nesta quinta-feira (9) uma atualização de alerta epidemiológico destacando que mais estados brasileiros localizados em áreas de fronteira relataram epizootias (morte ou adoecimento de macacos). Suspeita-se que sejam por febre amarela.

Segundo o documento, a ocorrência desses casos no Pará (fronteira com Guiana e Suriname), Roraima (Venezuela), Mato Grosso do Sul (Bolívia e Paraguai), Paraná (Argentina e Paraguai), Santa Catarina (Argentina) e Rio Grande do Sul (Argentina e Uruguai) representa um risco de circulação do vírus transmissor da doença para outros países das Américas, especialmente em áreas onde eles compartilham o mesmo ecossistema.

O documento aponta ainda que, embora haja a possibilidade de mudança no ciclo de transmissão da febre amarela (de silvestre para urbana), até o momento não há evidências de que o Aedes aegypti esteja implicado no atual surto.

A Organização Pan-Americana da Saúde, Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde, recomenda aos Estados Membros que continuem os esforços para detectar, confirmar e tratar adequadamente os casos de febre amarela em tempo oportuno e em um contexto de circulação de diversos arbovírus (como zika, dengue e chikungunya). Para isso, é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados e treinados para detectar e tratar casos, especialmente em áreas de circulação do vírus.

Até o momento, o Brasil foi o único país das Américas a confirmar casos de febre amarela em 2017. Colômbia e Peru notificaram apenas casos prováveis.

 

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A vacina é produzida por Bio-Manguinhos. Imagem: Bernardo Portella

 

Vacina

A medida mais importante para prevenir a febre amarela é a vacinação. A população que vive ou se desloca para as áreas de risco deve estar com as vacinas em dia e se proteger de picadas de mosquitos. Apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir imunidade e proteção ao longo da vida. Efeitos secundários graves são extremamente raros.

Pessoas com mais de 60 anos só devem receber a vacina após avaliação cuidadosa de risco-benefício. A vacina contra a febre amarela não deve ser administrada em:

  • Pessoas com doença febril aguda, cujo estado de saúde geral está comprometido
  • Pessoas com histórico de hipersensibilidade a ovos de galinha e/ou seus derivados
  • Mulheres grávidas, exceto em uma emergência epidemiológica e situações em que há recomendação expressa de autoridades de saúde
  • Pessoas severamente inmunodeprimidas por doenças (por exemplo, câncer, aids etc.) ou medicamentos
  • Crianças com menos de 6 meses de idade (consulte a bula do laboratório da vacina)
  • Pessoas de qualquer idade com uma doença relacionada ao timo

Recomenda-se que as autoridades nacionais realizem uma avaliação da cobertura vacinal contra a febre amarela em áreas de risco, a fim de concentrar a distribuição de vacinas. Além disso, é importante manter um estoque de vacinas a nível nacional para responder a possíveis surtos. A OPAS/OMS não recomenda qualquer restrição de viagens ou comércio a países com surtos de febre amarela.

A atualização de alerta epidemiológico está disponível em inglês ou espanhol.

 

Fonte: OPAS/OMS

 

 

 

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