O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (23), em Manaus, uma série de ações para reduzir em 20% das mortes de bebês e crianças indígenas com até cinco anos de idade. A meta deve ser atingida em 2019.

O objetivo é fortalecer e ampliar a assistência impactando nos óbitos evitáveis, causados, por exemplo, por doenças respiratórias, parasitárias e nutricionais. Cerca de 65% das mortes de bebês têm essas causas.

Ao contrário do que acontece no restante do País, metade das mortes de bebês indígenas acontece após o primeiro mês de vida.

A entrega de Unidades Básicas de Saúde Fluviais que atenderão ribeirinhos de municípios nos estados do Amazonas e Pará é uma das ações que amplia essa assistência.

A agenda lançada nesta quarta-feira tem cinco metas:

  • garantir que 85% das crianças menores de cinco anos tenham esquema vacinal completo;
  • ampliar para 90% as gestantes com acesso ao pré-natal;
  • implementar as consultas de crescimento e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano, chegando a 70%;
  • ampliar para 90% o acompanhamento pela vigilância alimentar e nutricional às crianças indígenas menores de 5 anos;
  • investigar ao menos 80% dos óbitos materno-infantil fetal. 

O foco será o reforço do acompanhamento de gestantes e crianças indígenas e na qualificação de profissionais de saúde em doenças prevalentes na infância, respeitando a diversidade cultural.

 

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Foco será acompanhamento de gestantes e crianças indígenas
e qualificação de profissionais. Imagem: Mário Vilela/Funai

 

Nos últimos 15 anos, o índice de mortalidade infantil indígena caiu 58% – em 2000, era 74,61 mortes por mil nascidos vivos e, atualmente, é 31,28. Apesar disso, a mortalidade ainda é quase três vezes maior do que a média nacional, de 13,8 óbitos a cada mil nascidos vivos.

“O modelo de assistência indígena é diferente, pela própria característica de distância que as aldeias estão das estruturas de saúde. Por isso, estamos buscando mais resolutividade nas ações”, enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A prioridade na implantação das ações é nos 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, cujo índice de mortalidade está acima da média ponderada/ano, são eles: Maranhão; Yanomami; Xavante; Caiapó do Pará; Alto Rio Juruá; Alto Rio Purus; Altamira; Amapá e Norte do Pará; Médio Rio Purus; Rio Tapajós; Mato Grosso do Sul; Alto Rio Solimões; Tocantins; Porto Velho; e Vale do Javari.

 

Recursos

O orçamento da saúde indígena, nos últimos cinco anos, cresceu 221%, passando de R$ 431 milhões, em 2011, para R$ 1,4 bilhão, neste ano. Atualmente, 34 distritos sanitários contam com 510 médicos, sendo que 65% são do Programa Mais Médicos.

Em 2015, mais de 99 mil crianças foram vacinadas, 78,9% das crianças indígenas menores de sete anos. Em 2014, mais de 62 mil crianças de até cinco anos (67,9%) receberam acompanhamento nutricional. Em 2013, 80% das gestantes passaram pelo pré-natal.

 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

 

 

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