O Ministério da Saúde repassou R$ 1,5 milhão para o Estado de Santa Catarina investir em prevenção e controle da epidemia HIV e Aids. O valor será usado em ações de vigilância, prevenção e controle e beneficiará a 12 cidades prioritárias. O recurso faz parte das cooperações entre o ministério e os governos estaduais e municipais com objetivo de dar uma resposta rápida a situações de saúde pública. 

A ideia dessas cooperações é fortalecer a resposta à epidemia onde ela é mais intensa. Por isso, a prioridade são estados e municípios em que a taxa de detecção é crescente e a mortalidade por Aids ainda se mantém em patamares elevados.

O recurso repassado é para um período de dois anos, podendo ser renovado pelo mesmo período. Para a execução do acordo de cooperação é exigido que o estado elabore um plano de trabalho, pactuado em Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e submetido ao Conselho Estadual de Saúde.

 

Investimentos

Esse dinheiro poderá ser investido em ações como a ampliação da testagem em populações-chave, inclusão das pessoas que ainda não estão em tratamento e organização da rede para implantação de Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

As secretarias de saúde também poderão usar os recursos na elaboração da linha de cuidado para atender pessoas com HIV e na atenção básica, criar comitês de investigação da mortalidade, sífilis congênita e da transmissão vertical do HIV, assim como focalizar ações de prevenção.

 

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Santa Catarina registra taxa de detecção de Aids de 34,6 para cada 100
mil habitantes, maior do que a média nacional. Imagem: Brustolin/SMCS

 

Casos no estado

Entre 1983 e junho de 2014, o Estado de Santa Catarina identificou 38.283 casos de Aids, o que corresponde a 34,6 casos para cada 100 mil habitantes, superior a taxa de detecção no País, que foi de 20,5; e da região Sul, que registrou 31,1 casos.

Atualmente, doze municípios catarinenses com mais de 100 mil habitantes, apresentam as taxas de detecção superiores à média nacional: Balneário Camboriú (77,4), Itajaí (76,3), Florianópolis (65,2), Criciúma (59,9), São José (56,2), Palhoça (53,5), Brusque (46,1), Joinville (41,2), Blumenau (35,9), Lages (30,2), Jaraguá do Sul (28,0) e Chapecó (25,2). As taxas foram calculadas pela média dos últimos três anos e representam o número de casos para cada 100 mil habitantes.

Em relação à categoria de exposição, os dados do estado demonstram que, entre adultos do sexo masculino (19.386 casos), houve um aumento na proporção de casos de Aids entre homens que fazem sexo com homens (HSH) nos últimos dez anos, e que o percentual de casos em HSH passou de 16,6%, em 2004, para 32,3%, em 2013.

A média da taxa de detecção de Aids em menores de cinco anos no estado também é alta. Nos últimos três anos, foram registrados 6,4 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto no País essa taxa é de 3 casos a cada 100 mil habitantes. Dez municípios têm taxas de detecção em menores de cinco anos superiores à média nacional: Florianópolis (15,8), Palhoça (10,1), Brusque (9,7), Criciúma (8,1), São José (7,7), Chapecó (7,7), Itajaí (7,6), Lages (6,3), Blumenau (5,3) e Joinville (4,8).

Em relação à taxa de mortalidade, onze cidades apresentam, nos últimos três anos, as taxas de mortalidade superiores à média nacional, que atualmente é de 5,6 casos a cada 100 mil habitantes: Itajaí (28,8), Balneário Camboriú (14,8), Lages (14,5), São José (14,3), Criciúma (14,3), Florianópolis (14,0), Brusque (10,1), Joinville (9,7), Blumenau (9,4), Palhoça (8,9) e Chapecó (6,0).

 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

 

 

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