codinexternaDurante as Olimpíadas, o Espaço RJ – no Boulevard Olímpico do Cais do Porto – recebeu não apenas a visita do público em geral mas também foi palco de eventos que debateram o potencial e as vocações econômicas do Rio de Janeiro, dentre elas a biotecnologia na área da saúde.

O encontro, organizado pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), reuniu os setores privado e público para apresentar os projetos atuais e futuros no segmento. Participaram, dentre outras instituições, a Axis Biotec e o Instituto Vital Brazil (IVB), além, é claro, de Bio-Manguinhos, representado pelo gerente do projeto Novo Centro de Processamento Final, (NCPFI) Maurício Zuma; a vice-diretora da Qualidade, Malu Leal; e João Miguel Estephanio, da Divisão de Novos Negócios (Dinne). 

Tatiane Lima, da Axis Biotec, apresentou números do mercado farmacêutico global e como o Rio pode – e deve – aproveitar esse potencial de investimentos. “Podemos dizer que inovação tem CEP, por assim dizer. As empresas se concentram em determinado território, basta olhar o que ocorre no segmento de tecnologia e informática no Vale do Silício (EUA)”, afirmou. De acordo com Tatiane, o Rio de Janeiro pode ser um pólo de desenvolvimento biotecnológico, trazendo benefícios para todo o país. “Nosso déficit na balança comercial de medicamentos fechou 2015 em R$ 22 bilhões, em grande parte devido aos medicamentos biológicos. Esse cenário tende a crescer se algo não for feito, devido às doenças crônicas e ao envelhecimento da população”, ressaltou.   

Para ela, os produtores públicos têm papel fundamental nesse cenário. A visão foi compartilhada por representantes do IVB, centenária instituição sediada em Niterói que busca se modernizar e aposta nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para conseguir sustentabilidade financeira e ganhos tecnológicos.   

 

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Maurício Zuma apresentou projetos de Bio-Manguinhos. 
Imagem: 
Paulo Schueler - Ascom/Bio-Manguinhos

 


Representando Bio-Manguinhos, Zuma apresentou o Instituto e suas perspectivas. “Somos parte de uma instituição centenária, a Fiocruz, que tem como visão ser um agente da cidadania. Enfrentamos os desafios da saúde pública não só no Brasil, mas de forma global, com a exportação das vacinas febre amarela e meningocócica AC”, apontou.

Segundo ele, toda a atuação de Bio-Manguinhos “está calcada em uma estratégia de inovação, baseada em iniciativas de desenvolvimento autóctone e parcerias com outras instituições”. Nesse sentido, o gerente do NCPFI apontou as possibilidades de desenvolvimento econômico representadas pelas PDPs. “Elas trazem um potencial imenso de crescimento para o mercado público. Esse conceito, inclusive, foi baseado em nosso exitoso modelo de transferência de tecnologia, iniciado com a vacina Hib”, comentou.

Por fim, ele apresentou o projeto do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) de Santa Cruz, do qual o NCPFI faz parte, e as estratégias para tirar o empreendimento do papel, como o modelo de construção em “built-to-suit”. “Temos garantias de sustentabilidade econômica: o projeto necessita de R$ 2,2 bilhões de futuros parceiros e essa conta se paga fácil já que, com o empreendimento pronto nossas projeções de receita são de R$ 4 bilhões/ano”, concluiu.

 

Jornalista: Paulo Schueler

 

 

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