Representando a maior carga de morbimortalidade no país, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)  tem sido alvo das preocupações de diversas políticas do Ministério da Saúde. Uma delas, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em 2011, visava controlar diabetes, câncer e doença respiratória crônica, predominantemente pelo controle do fumo, inatividade física, alimentação  inadequada e uso prejudicial de álcool. 

Como forma de resposta ao cenário atual, o Plano tem quatro pilares estratégicos: vigilância, informação, avaliação e monitoramento; promoção da saúde e cuidado integral. De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo maior é "promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.”

 

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Consideradas por alguns especialistas uma "epidemia global", tais doenças podem ter seu quadro revertido através de ações de saúde pública, como promoção de melhorias na alimentação e qualidade de vida. Segundo o pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Luiz Camacho, é preciso deslocar a ênfase das abordagens de detecção precoce em indivíduos sem sintomas para ações de prevenção e promoção de saúde, "que são mais intuitivas, envolvem outros setores além do setor saúde e têm ampla e crescente base científica", acrescenta.

Camacho ressalta que as principais DNCT que acometem o público brasileiro são as doenças cardiovasculares, principalmente as relacionadas à hipertensão, os cânceres (no plural, para indicar que se trata de categoria muito heterogênea em termos de causas, frequência, grupos de risco, recursos diagnósticos e terapêuticos); e metabólicos (com destaque para o diabetes do tipo II).

Um dos passos para combatê-las é entender os fatores de riscos, para fundamentar ações de prevenção e promoção da saúde baseada em evidências científicas. “No Brasil, a redução do tabagismo nos últimos 15 anos tem sido reconhecida como uma iniciativa bem sucedida, mas seus benefícios podem ter sido descontados pelo aumento na prevalência de obesidade e doenças metabólicas”, compara. 

 

Imagem: Isabela Pimentel

 

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