Luciane Medeiros, da Seção de Esterilidade, Processos e Insumos, do Laboratório de Controle Microbiológico (Sepin/Lacom), lotou o auditório José Roberto Salcedo Chaves, no dia 22/6. Ela apresentou um tema de grande interesse de qualquer indústria farmacêutica que preza pela qualidade, que é a Identificação de microorganismos e rastreamento de origens de contaminação. O Encontro Tecnológico, da Linha Conexão Tecnológica, foi promovido pela Gestão do Conhecimento.

Manter todos os dados referentes aos micro-organismos isolados em uma planilha de excel é considerado essencial para Luciane. “Propusemos um sistema integrado de identificação de micro-organismos e de fontes de contaminação, que pode ser aplicado a qualquer unidade industrial. A identificação microbiana é feita por métodos biomoleculares, proteômicos e bioquímicos, e o uso destas tecnologias avançadas permite analisar dezenas de amostras ao mesmo tempo com respostas bem rápida. A grande inovação foi a introdução da identificação por meio de MALDI-TOF MS (método proteômico), com a possibilidade de construção de um banco de dados utilizando a microbiota isolada em cada unidade industrial. O maior problema do controle microbiológico na elucidação de uma possível fonte de contaminação é a inconclusão do resultado de identificação do micro-organismo. Com este sistema,  as cepas que não conseguiam ser identificadas pelo aparelho serão identificadas por biologia molecular e serão introduzidas no banco de dados do MALDI-TOF MS, para que esta informação sirva de referencia numa identificação futura”, comenta a pesquisadora.

 

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Luciane Medeiros apresentou o trabalho realizado pelo Sepin nos
últimos anos. 
Imagem: Gabriella Ponte - Ascom / Bio-Manguinhos 

 

Este trabalho começou a ser desenvolvido em 2008 e ainda está em andamento. Luciane mostrou todas as propostas de melhorias que o Sepin adotou nos últimos meses no que diz respeito aos métodos e rotinas do laboratório. Foi feito um trabalho meticuloso com as cepas que não eram identificadas e foram construídos espectros de referência para compor o banco de dados do MALDI-TOF MS, customizando a informação.

Foi desenvolvida também uma bacterioteca formada por cerca de 80 gêneros bacterianos. Na avaliação da  microbiota circulante em Bio, dividiram-se os laboratórios de produção em seis áreas para facilitar o trabalho. “A bacteria Staphylococcus foi a mais identificada em todas as areas (cerca de 30% das ocorrências). Este dado de incidência está em concordância com outras unidades industriais, no Brasil e no mundo. O mapeamento da microbiota de cada indústria farmacêutica é uma estratégia de controle, para que qualquer alteração nesta população seja evidenciada imediatamente, não permitindo a  superação dos limites preconizados pela legislação nem a possibilidade de risco aos processos produtivos”, explicou Luciane.

 

Jornalista: Gabriella Ponte - Ascom / Bio-Manguinhos

  

 

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