catapora-100x100Durante o Seminário Anual Científico Tecnológico, na palestra Desafios, gargalos e perspectivas em vacinas e vacinações no Brasil, ocorrida no dia 12 de agosto, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues apresentou não só as diversas ações e conquistas do programa, como a inclusão de novas vacinas no calendário das crianças, como a varicela (catapora).

A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola, chamada de TVV) será combinada e, assim, passará a ser uma vacina tetra viral (SCRV), ou seja, prevenindo contra estas três doenças e também varicela. A tetravalente viral é produzida por Bio-Manguinhos em parceria com o laboratório GlaxoSmithKline (GSK). A coordenadora anuncia a entrada da nova vacina no calendário a partir de setembro. 

O diretor de Bio, Artur Couto, lembra que o acordo desta vacina foi assinado em 2011. “Temos a meta de produção de 5 milhões de doses por ano e o nosso público-alvo são crianças de 15 meses de idade”, afirmou.

 

Carla Domingues e Isabella Ballalai falam sobre a importância da vacina contra varicela

 Carla Domingues e Isabella Ballalai falam sobre a importância da vacina
contra varicela. Imagem: Ascom / Bio-Manguinhos

Domingues aponta que há surtos de varicela todo ano, aumentando a magnitude da doença no país. “Fazer com que ela faça parte da vacina é fundamental diminuindo, assim, o número de injeções nas crianças do Brasil. Dessa forma, haverá mais adesão da população. Inicialmente, será trabalhada somente uma dose, mas estamos negociando com Bio-Manguinhos que daqui a três anos possamos incluir mais uma dose no calendário”, comentou a coordenadora.

 

Melhorias na capacitação

Tanto Carla Domingues como a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, afirmaram que deve haver uma melhor informação, comunicação e capacitação na área da imunização no Brasil. “O pediatra sabe do calendário vacinal infantil mas não sabe das vacinas para adultos. A capacitação constante desses profissionais é necessária para acompanhar a velocidade de desenvolvimento tecnológico e inovação dos laboratórios. Assim, teremos um melhor atendimento à população e credibilidade”, opinou Ballalai. 

Para a presidente da SBIm, varicela é uma doença grave, apresentando de 150 a 200 óbitos por ano no país. “É uma vacina difícil de ser produzida por ter uma cepa complicada de ser cultivada. Não teremos a erradicação da doença, mas reduzirá sensivelmente os casos mais graves”, adiantou Ballalai. 

 

Jornalista: Gabriella Ponte

 

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