Aconteceu, no dia 23 de maio, o lançamento da exposição 'Vida e saúde: relações (in)visíveis'. No evento, convidados e público interno conheceram a nova produção instalada no prédio da Cavalariça. No início do século XX, o prédio abrigou cavalos usados na produção de soros terapêuticos contra várias doenças que afligiam o Brasil. Ele foi recuperado e, agora, conta com 14 módulos expositivos. A produção, cheia de cores, interativos e recursos de acessibilidade, discute a saúde em suas múltiplas dimensões.
A coordenadora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos, Maria de Lourdes Maia, participou das discussões sobre o escopo teórico do #AgenteVacina. “Ela nos orientou, por exemplo, a mencionar a existência dos CRIEs, ainda pouco conhecidos pelo público geral. Reforçou também a necessidade de falar da importância das altas coberturas vacinais para conter o avanço de epidemias. Após os encontros com ela, redefinimos as regras do jogo e as opções disponíveis ao jogador”, contou Tereza Costa, educadora do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz que esteve à frente da produção de conteúdo da exposição.
#AgenteVacina é um jogo digital que tem sido um grande sucesso entre os visitantes da exposição, agradando adultos e crianças. “Cada jogador atua como um agente comunitário de saúde e sua missão é vacinar o maior número possível de pessoas antes que uma nova doença se espalhe. A tarefa não é tão simples: nem todos os moradores aceitam ser vacinados e pessoas contaminadas começam a chegar. O que vai acontecer com a comunidade? Cada partida pode levar a um resultado diferente”, explicou a educadora.
Tereza enalteceu a importância desse momento de retorno presencial das atividades: "Hoje é um dia feliz para o Museu, depois de anos fechada, a Cavalariça reabre para o público com uma nova exposição, que vem sendo planejada há vários anos como parte do Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (Nahm)", destacou.
A cerimônia de abertura contou com a presença de Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, que destacou que a integração proposta por ‘Vida e saúde: relações (in)visíveis’ fica evidente quando se visita o prédio da Cavalariça. Além disso, ressaltou que a produção é, mais do que tudo, uma celebração da vida. O projeto, segundo a presidente, também aponta caminhos para o futuro da Fiocruz, da sociedade e do planeta. "A principal mensagem da exposição, para mim, se resume a uma palavra: esperança. Esperança baseada na ciência e na saúde e, sobretudo, na democracia, que permite esse convívio, essa visão que aproxima ciência e sociedade", afirmou Nísia, lembrando da importância de políticas públicas que incentivam esse tipo de prática e destacando que cultura também é parte do desenvolvimento.
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Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Jeferson Mendonça