Em 10 de junho a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI, na sigla em inglês) lançou a Estratégia de Erradicação da Pólio 2022-2026: Cumprindo uma Promessa em evento virtual. A nova proposta visa "superar os desafios restantes para acabar com a pólio, incluindo os contratempos causados pela COVID-19".
Em comunicado, a GPEi afirmou que "embora os casos de poliomielite tenham caído 99,9% desde 1988, ela continua sendo uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) e as persistentes barreiras para se alcançar todas as crianças com a vacinação contra a poliomielite, mais a pandemia, contribuíram para um aumento nos casos. No ano passado, foram registrados 1.226 casos de todas as formas de pólio, em comparação com 138 em 2018". Em 2020, aliás, a GPEI se viu obrigada a interromper as campanhas "porta a porta" de vacinação contra a pólio por quatro meses, diante da pandemia da COVID-19.
Os dois países que ainda não interromperam a transmissão do vírus selvagem da pólio, Paquistão e Afeganistão, solicitaram uma renovada solidariedade global, além da continuidade de recursos, para erradicar a doença através da vacinação. Em contrapartida, firmaram o compromisso de fortalecerem sua parceria com a GPEI por melhorias nas estratégias de imunização e o engajamento das comunidades onde o risco de contágio pelo vírus da pólio é alto.
Além de erradicar o vírus selvagem da poliomielite, na nova estrtégia a GPEI estabelece ser necessário o reforço para impedir surtos de poliovírus derivados da vacina oral "que continuam a se espalhar em comunidades subimunizadas em toda a África e Ásia". Para isto, a Iniciativa planeja ampliar o uso de uma nova vacina oral contra a poliomielite tipo 2 (nOPV2).
Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Guido, Acervo de Bio-Manguinhos/Fiocruz.