O vice-diretor de Produção de Biológicos de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Luiz Lima, participou do Global Health Conference of the Americas, que aconteceu de 12 a 15 de setembro, em Cartagena, Colômbia. O evento reuniu mais de 40 líderes e pesquisadores nas áreas de saúde global, preparação para pandemias, doença de Alzheimer, nutrição, resistência antimicrobiana, doenças infecciosas, saúde global pediátrica, mudanças climáticas, imunizações e saúde e meio ambiente para discutir os atuais desafios.
Ele ministrou a palestra “Perspectivas Regionais e Produção de Vacinas em Bio-Manguinhos”, destacando as ações de emergência em saúde pública nas quais o Instituto esteve envolvido desde sua criação, entre elas a pandemia de covid-19. Na parte de inovação, Luiz enalteceu as plataformas tecnológicas utilizadas no desenvolvimento dos imunobiológicos. Citou iniciativas como a planta piloto e a plataforma de mRNA, onde podem ser produzidas vacinas e biofármacos para diversas doenças. Explicou, ainda, sobre o know-how adquirido nas transferências de tecnologia, tornando o Brasil mais independente tecnologicamente, como foi o caso da vacina de covid-19.
Luiz falou da capacidade produtiva de Bio, que tem perspectiva de aumentar quando o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), empreendimento que está sendo construído em Santa Cruz (RJ), estiver pronto. As vacinas produzidas atendem não só ao mercado nacional. O excedente de produção é exportado para mais de 70 países, incluindo a América Latina. Com o CIBS, Bio poderá quadruplicar o quantitativo produzido.
“Temos o compromisso de aumentar a oferta para a América Latina e Caribe e outras regiões e contribuir para a equidade de acesso aos imunizantes. Podemos contribuir ainda mais no fornecimento de vacinas essenciais, mas de baixo valor acrescentado, que dificilmente atraem novos fabricantes do setor privado/grande indústria farmacêutica”, enfatizou.
Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Acervo/Bio-Manguinhos