A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou, em sua Agência de Notícias, seção especial sobre a vigilância genômica do vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. As chamadas “variantes” são mutações que ocorrem durante a replicação - produção de novas cópias de si mesmo no interior das células de hospedeiros como o ser humano - deste coronavírus.
As variantes podem ter uma melhor adaptação ao organismo humano, gerando versões do SARS-CoV-2 mais transmissíveis ou até mesmo mais resistentes aos produtos já registrados para a prevenção da COVID-19, como as vacinas, e também ao tratamento das pessoas que venham a adoecer.
“É possível acompanhar as linhagens e mutações genéticas do novo coronavírus e contribuir para um melhor preparo do país em termos de diagnóstico mais precisos e vacinas eficazes. Nesse sentido, monitorar novas variantes com maior potencial de transmissão do novo coronavírus é o papel da vigilância genômica no combate à pandemia. Hoje, o Brasil conta com laboratórios públicos votados para esse mapeamento. No caso da atuação da Fundação, a Rede Genômica Fiocruz reúne especialistas em 11 estados e em outros institutos parceiros que se empenham diariamente em gerar dados mais robustos sobre o comportamento do SARS-CoV-2, por meio da decodificação do genoma viral... A Rede Genômica Fiocruz é um dos grupos curadores da iniciativa na América do Sul”, informa a seção especial.
Em meados de maio, a Rede Genômica Fiocruz já havia realizado cerca de 7,5 mil sequenciamentos do genoma do SARS-CoV-2 no Brasil, dos quais 1.969 em São Paulo, 1.237 no Amazonas e 841 no Rio de Janeiro. “Desde o início da pandemia, mais de 524 mil sequências genômicas do novo coronavírus já foram compartilhadas por pesquisadores de todo o mundo”, informa a Agência de Notícias.
Já foram sequenciadas no Brasil mais de 60 linhagens do novo coronavírus, com predomínio local das B.1.1.33 e B.1.1.28, que circulam desde março de 2020 no território nacional. Destas, a segunda deu origem a outras duas, as chamadas P.1 e P.2.
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Freepik.