Foi realizado, na Fiocruz Brasília, o Seminário de Lançamento dos Painéis de Indicadores das Leishmanioses (visceral e tegumentar) – desenvolvido por meio do Projeto de Fortalecimento da Capacidade do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, parceria entre a Fiocruz Brasília e o Ministério da Saúde. O encontro promoveu a atualização e o fortalecimento das estratégias de vigilância e controle das leishmanioses no Brasil.
O evento foi realizado pelo Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde e o Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fiocruz Brasília, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
A programação incluiu painéis com pesquisadores da Fiocruz Brasília, Ministério da Saúde, OPAS/OMS e Universidade Federal de São João del-Rei, ligados ao campo de pesquisas em leishmaniose, que irão abordar questões como eliminação de doenças tropicais negligenciadas; plano de ação para fortalecer a vigilância e o controle das leishmanioses nas Américas (2025 a 2030); caminhos e processos para o fortalecimento da vigilância das leishmanioses no Brasil; e atualização do manual de controle da leishmaniose visceral. O encontro conta ainda com um momento de compartilhamento de experiências exitosas sobre vigilância das leishmanioses em três estados do Brasil: Ceará, Tocantins e Santa Catarina. Na ocasião, a Fiocruz Brasília vai lançar os Painéis de Indicadores das Leishmanioses.
A ferramenta traz informações sobre o número de casos, óbitos e a taxa de letalidade por estado, por exemplo. Em 2023, o Brasil registrou aproximadamente 13 mil casos de leishmaniose tegumentar. Os estados da Região Norte, como Pará e Amazonas, são as áreas mais afetadas, com alta incidência de novos casos. A leishmaniose visceral, além de ser a forma mais grave e potencialmente fatal, apresentou uma média de 2 mil casos notificados anualmente, com uma tendência de estabilização, mas com surtos localizados, especialmente no Norte e Nordeste.
Para a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Alda Maria, “os painéis de indicadores são ferramentas cruciais para o monitoramento da situação epidemiológica das leishmanioses”. Ela, ainda reforça, que “os painéis permitem uma avaliação mais precisa das tendências, áreas com maior ocorrência e eficácia das intervenções feitas pelo Ministério da Saúde para o controle dessas doenças”. A ferramenta foi construída a partir de um projeto integrado entre a SVSA e o Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília.
Bio-Manguinhos/Fiocruz contribui para esta vigilância fornecendo para o SUS testes rápidos e ensaios sorológicos, que detectam as leishmanioses humana e canina. A testagem da população associada à vigilância epidemiológica, através desta ferramenta, controle do vetor e investimento em ações educativas são fundamentais para aumentar a eficiência do programa de controle da doença do Ministério da Saúde. Conheça os produtos de Bio-Manguinhos que detectam a doença: o teste rápido DPP® Leishmaniose Canina e os ensaios sorológicos de Leishmaniose Canina e Leishmaniose Humana.
Veja os painéis
Edição: Gabriella Ponte (com informações do Ministério da Saúde e Fiocruz Brasília)
Imagem: Coleção de Leishmania/IOC/Fiocruz