O Conselho Deliberativo de Bio-Manguinhos/Fiocruz homologou, no dia 16 de maio de 2025, o resultado das eleições ao cargo de diretora da unidade, para o quadriênio 2025-2029. O pleito teve como vencedora a doutora em Vigilância Sanitária, Rosane Cuber Guimarães, que já ocupava a vice-diretoria de Qualidade da instituição. Rosane era candidata única e venceu com 83,66% do total de votos válidos, ocupando a direção do instituto pelos próximos quatro anos. No total, o pleito teve a participação de 153 servidores votantes, o equivalente a 91,07% dos servidores aptos a votar.
A diretora eleita construiu sua campanha de forma colaborativa, com o estabelecimento de diretrizes estratégicas para potencializar Bio-Manguinhos como instituição de excelência global em inovação, eficiência operacional e sustentabilidade. “Temos um papel fundamental na garantia da soberania nacional em saúde, no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e na promoção da equidade no acesso a produtos essenciais para a saúde pública brasileira. Temos muitos desafios pela frente que demandam soluções inovadoras de todas as equipes e estou confiante de que uniremos esforços para transformar os compromissos assumidos durante a campanha em ações concretas para um futuro promissor”, explicou Rosane.
Perfil
Rosane Cuber Guimarães é servidora federal desde 2002 e está prestes a completar 25 anos como funcionária de Bio-Manguinhos/Fiocruz. É doutora em Vigilância Sanitária pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e mestra em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui três especializações em Biologia Molecular pela Universidade de Brasília (UnB), Engenharia de Produção com ênfase em Produtividade e Qualidade pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e Gestão Industrial de Imunobiológicos pela Coppe/UFRJ. É graduada em Biomedicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Membro Associado da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, Membro do Comitê de Produtos Biológicos da Farmacopeia Brasileira e do Conselho Consultivo de Qualidade e Regulação do PDA Internacional.
Durante o período mais desafiador da pandemia de covid-19, Rosane Cuber, então vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, teve papel fundamental no planejamento estratégico, nas articulações regulatórias e na execução da produção que viabilizou o lançamento bem-sucedido da vacina contra a covid-19 no Brasil. Ela também desempenhou um papel decisivo na implementação do projeto de transferência de tecnologia em parceria com a AstraZeneca, assegurando a integração eficiente dos processos de fabricação e o cumprimento rigoroso das exigências regulatórias.
Além disso, Rosane atuou de forma intensa na viabilização da produção e no registro de kits para diagnóstico, tanto sorológicos quanto moleculares, contribuindo para que Bio-Manguinhos fosse qualificado como laboratório de diagnóstico de covid-19 em apoio à rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs). Participou ativamente da estruturação das quatro centrais analíticas de alto rendimento para processamento de amostras, coordenadas pela Fiocruz durante a pandemia.
Jornalista: Helouise Costa
Imagem: Andre Rocha