peq moupathEm 29 de outubro, a PATH e Bio-Manguinhos firmaram uma nova colaboração com o objetivo de acelerar a inovação, produção e acesso a vacinas, diagnósticos e biofármacos no Brasil, América Latina e Caribe. A iniciativa, formalizada em um Memorando de Entendimento (MoU) entre as instituições, visa promover o desenvolvimento local de tecnologias que atendam às necessidades regionais e promovam a equidade em saúde.

O acordo delineia objetivos-chave, incluindo o desenvolvimento de diagnósticos in vitro (IVDs) para aumentar a produção de testes e aprimorar as capacidades diagnósticas na região, além da criação de novas plataformas tecnológicas para expandir o acesso a soluções de saúde inovadoras e acessíveis. A parceria também se concentra em fortalecer a produção local de vacinas para enfrentar doenças emergentes e negligenciadas e aumentar a capacidade de produção em conformidade com novos padrões internacionais.

A formalização da parceria ocorreu durante a visita do Presidente e CEO da PATH, Nikolaj Gilbert, ao Brasil, que coincidiu com a Reunião de Ministros do GT da Saúde do G20, sediada no Rio de Janeiro entre os dias 29 e 31 de outubro. No Instituto, foi recebido por Rosane Cuber, vice-diretora de Qualidade, e Luiz Lima, vice-diretor de Produção de Biológicos.

No mesmo dia da assinatura, também aconteceu o evento "Ampliação da Resposta ao Mpox: um Chamado à Ação para a Ciência e a Inovação", que destacou a urgente necessidade de colaboração global na distribuição de vacinas, nas capacidades de produção e nos sistemas de vigilância. O vice-diretor de Inovação do Instituto Bio-Manguinhos, Ricardo de Godoi, participou do painel sobre Distribuição Equitativa de Vacinas e Capacidade de Produção, moderado por Nikolaj Gilbert. Entre os outros participantes estavam Richard Hatchett, diretor executivo da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) e Marie-Ange Saraka-Yao, Diretora de Mobilização de Recursos e Crescimento da Gavi.

Os principais pontos discutidos incluíram a importância de parcerias para a equidade vacinal, a produção local para melhorar o acesso, e a abordagem dos desafios da cadeia de suprimentos. Ricardo de Godoi ressaltou a importância da forte Rede de Fabricantes de Vacinas de Países em Desenvolvimento (DCVMN), que celebrou 25 anos recentemente, e a necessidade de compromisso dos líderes locais. Ele também destacou que Bio-Manguinhos está desenvolvendo a plataforma de mRNA como uma candidata para resposta rápida a emergências, refletindo o potencial da colaboração para fortalecer a capacidade de produção local e regional e preparar melhor a sociedade para futuras pandemias.

Jornalista: Marcela Dobarro
Imagem: Manuela Machado

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