mayra-100x100A aluna do Mestrado Profissional em Tecnologia de Imunobiológicos Mayra Martho Moura de Oliveira, colaboradora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos (Asclin), defendeu sua dissertação no dia 17 de abril. Ela apresentou o trabalho “Estabelecimento das condições de armazenamento de amostras biológicas provenientes de estudos clínicos desenvolvidos por Bio-Manguinhos” para cerca de 50 pessoas, no auditório José Roberto Salcedo Chaves, no Pavilhão Rocha Lima.

Orientada por Denise Matos, do Laboratório de Tecnologia Imunológica (Latim), Mayra teve em sua banca: Elezer Lemes, do Projeto da Alfainterferona 2b Humana (recombinante); Jennifer Salgueiro, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz); e Claudio Stefanoff, do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A relação com este tema começou em 2011, quando o Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou a Resolução 441 para regulamentar o armazenamento de amostras biológicas provenientes de estudos com seres humanos. Sendo assim, era importante estipular regras para o armazenamento e uso desse material, que só pode acontecer de acordo com o autorizado pelo participante de pesquisa através de um documento chamado Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).

“Comecei a procurar a saber qual era o destino das amostras provenientes dos nossos estudos clínicos e percebi que não tínhamos um espaço adequado para este armazenamento. As amostras acabavam ficando nos laboratórios responsáveis pelas análises. A partir daí, fizemos um levantamento de todas as amostras que estavam pela Fiocruz, avaliamos aquelas que tinham previsão de armazenamento em protocolo e TCLE e fomos planejando um espaço e equipamentos adequados para um armazenamento com qualidade e que atendesse as questões éticas previstas na Resolução 441 e Portaria 2201”, contou Mayra.

A nova mestre explica que seu trabalho foi operacional, apresentando uma estrutura para a área de armazenamento. “Iniciei por um planejamento, depois buscando um local na unidade que eu pudesse utilizar para montar essa estrutura, depois compramos seis freezers e, aos poucos, fomos fazendo as adaptações”.

Biorrepositório x biobanco

Segundo esses documentos, biorrepositório pode ser considerado uma coleção de material biológico humano, coletado e armazenado ao longo da execução de um projeto de pesquisa específico, conforme regulamento ou normas técnicas, éticas e operacionais pré- definidas, sob responsabilidade institucional e sob o gerenciamento do pesquisador e sem fins comerciais. Já biobanco é uma coleção organizada de material biológico humano e informações associadas, coletado e armazenado para fins de pesquisa, conforme regulamento ou normas técnicas, éticas e operacionais pré-definidas, sob responsabilidade e gerenciamento institucional e sem fins comerciais.

Segundo Mayra, a área que tem em Bio é classificada como biorrepositório. Como no Instituto estão reunidos em uma mesma área amostras de diversos estudos, como plasma, sangue e soro, Mayra nomeia como uma plataforma de biorrepositórios. Ela pesquisou tudo o que essa área deveria ter, atendendo às Boas Práticas de Repositórios e também às questões éticas. “A área está montada e em uso, nos preocupando sempre com rastreabilidade, confiabilidade do resultado e qualidade das amostras para realizar análises. Claro que ainda faltam alguns detalhes, mas já fizemos todo o planejamento para que, em um futuro próximo, possa se tornar um Biobanco, como deseja a Fiocruz”, destacou.




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A nova mestre explica que seu trabalho foi operacional,
apresentando uma estrutura para a área de armazenamento

 

Em 2014, a Fiocruz montou um Grupo de Trabalho (GT) de Biobanco para definir como seriam armazenadas as amostras biológicas com fins de pesquisa. De Bio-Manguinhos, participam desse GT Mayra e Ricardo Brum, também da Asclin. “O que foi decidido até agora é que cada unidade terá seu próprio biobanco. Hoje, estamos em uma etapa de desenvolver as regras para construção desses biobancos pela Fundação”, disse a mestre, que foi nomeada a curadora do biobanco de Bio.

Ela finaliza comentando que no dia 29 de abril, os dois apresentarão aos gerentes de projetos a proposta de trabalho do GT, a formação da Rede Fiocruz de Biobanco e também o que já foi feito até agora em Bio, no caso, a plataforma de biorrepositórios. “Essa reunião será a oportunidade de uniformizar a informação sobre a Rede Fiocruz de Biobanco dentro de Bio e a intenção da Fiocruz de formar biobancos em suas unidades. Além disso, ouvir nossos pesquisadores e poder esclarecer dúvidas em relação a esse tema que eles venham a ter”, informou Mayra.


Texto e imagem: Gabriella Ponte


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