Duas instituições distintas, mas com algo em comum: a busca constante por uma imunização de qualidade capaz de oferecer bons níveis de proteção aos brasileiros. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) atuam em diferentes esferas – a primeira é uma associação privada, enquanto a unidade da Fundação é um importante agente do Sistema Único de Saúde (SUS) –, têm atividades próprias e estrutura de governança particulares. No entanto, ambas fazem da proteção à saúde da população sua missão. Não à toa, a relação entre as duas foi se estreitando ao longo dos últimos três anos, impulsionada por interesses comuns e ações em parceria.

Anualmente, a SBIm promove a Jornada Nacional de Imunizações. Em 2011, o seu presidente convidou representantes de Bio-Manguinhos para ministrar um curso pré-congresso, focado em produção de vacinas. Foi quando ocorreu a primeira aproximação formal. Desde então, o instituto vem sendo convidado a participar das jornadas. Em 2013 não foi diferente. Em um hotel de São Paulo, a coordenadora da Assessoria Clínica do instituto, Maria de Lourdes de Sousa Maia, foi a responsável pelo curso, que levantou assuntos como desenvolvimento, estudos clínicos, registro e produção de vacinas. Profissionais de 22 países prestigiaram o evento, que nesta edição foi realizado em conjunto com a Sociedade Latino-Americana de Infectologia Pediátrica (Slipe).

 

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Artur Couto apresenta o trabalho desenvolvido pelo Instituto - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

 

Maria de Lourdes, por sinal, é uma das grandes responsáveis pelo estreitamento da parceria. Com relações estabelecidas ainda quando era coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, ao ser convidada a trabalhar em Bio-Manguinhos ela procurou manter essa proximidade. “A nossa relação sempre foi muito boa. Com ética e respeito. Nós entendemos a participação do setor privado na vacinação do nosso país, assim como eles entendem o nosso papel na oferta de vacinas à população, trabalhando com prioridades epidemiológicas”, conta.

A SBIm é uma sociedade composta por médicos de diferentes especialidades, que trabalham tanto em clínicas privadas quanto na rede pública de saúde. Com seis diretorias regionais e 11 representações estaduais, a sociedade surgiu em 1998 com o objetivo de atuar na área da imunização. Isso compreende atualização científica, reciclagem profissional, elaboração de calendários e manuais, atuação junto aos órgãos públicos, participação nas decisões do PNI, regulamentação da atividade e, fundamentalmente, a valorização permanente das vacinas como ferramenta vital em saúde pública. Dessa forma, fica fácil entender por que Bio-Manguinhos se tornou um parceiro da organização. “A SBIm é um ator estratégico no mercado de imunobiológicos. Coloca, continuamente, em pauta na sociedade brasileira, o tema vacinologia. E isso nos ajuda, pois as pessoas passam a dar a devida importância à proteção de seus filhos e a sua também”, explica Maria de Lourdes.

Aproximação formal

No final de 2012, o presidente da SBIm, Renato de Ávila Kfouri, e a presidente da regional do Rio de Janeiro, Isabella Ballalai, estiveram em Bio-Manguinhos para oficializar a parceria que já vinha sendo costurada há algum tempo. Na ocasião, eles foram recebidos pelo diretor Artur Couto, pelo vice-diretor de Produção, Antonio Barbosa, e por Maria de Lourdes, com quem conheceram as obras do Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para diagnóstico (CIPBR), empreendimento que será inaugurado este ano.

Mais recentemente, em outubro, um grupo de 25 pessoas, dentre elas membros do Conselho Consultivo, estiveram no instituto. Após uma apresentação do diretor, houve um bate-papo entre os presentes, com perguntas e respostas, numa iniciativa de aproximar ainda mais os integrantes da SBIm das atividades de Bio-Manguinhos.

Não raro Bio-Manguinhos é convidado a participar de eventos organizados pela SBIm, como foi o caso do 1º Fórum de Ética em Imunizações, no Rio de Janeiro, ocorrido em junho. Sempre com foco em imunização, a atuação da sociedade visa qualificar o mercado e a oferta de imunobiológicos e assim se estende também a cursos de atualização de redes de frios, de como organizar uma sala de vacinação, sobre eventos adversos, dentre outros.

Interesses e campos de atuação comuns, guardadas as devidas diferenças, marcam as trajetórias tanto de Bio-Manguinhos quanto da SBIm. Nestes caminhos que se cruzaram e que têm trechos que são percorridos em plena parceria, quem chega mais longe é a população brasileira.

 

Jornalista: Rodrigo Pereira

 

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