Uma nova máquina, capaz de analisar marcadores com propriedades especificas, em tempo real, seguindo um conjunto de parâmetros em uma suspensão de células, está mudando o dia a dia do Laboratório de Tecnologia Imunológica (Latim).
Com possibilidade atual de leitura de 10 cores e podendo alcançar até 18 parâmetros, em qualquer tipo de célula, o novo citômetro de fluxo (LRS Fortessa), adquirido pelo laboratório, será utilizado para análise de amostras biológicas em estudos clínicos e pré-clínicos.
A maior eficácia nos resultados dos testes envolvendo biofármacos e vacinas, proporcionada pelo aparelho, é garantida pela possibilidade de leitura simultânea de diferentes quesitos. Quanto mais parâmetros forem analisados, mais exata é a resposta.
Denise e Patricia, ao lado da LRS Fortessa, que trará benefícios para os testes
realizados em toda a unidade - Imagem: Assessoria de Comunicação / Bio-Manguinhos
De acordo com Patricia Neves, doutora em imunologia e especialista na técnica de citometria de fluxo, a nova aquisição é fundamental para a etapa de desenvolvimento, ao permitir melhorias na análise das respostas pré-clínicas (fase de testes em animais) e clínicas (em humanos). “Com maior possibilidade de obtenção de dados, poderemos conhecer a imunogenicidade esperada de uma vacina ou a resposta a um biofármaco, ou seja, a capacidade de indução e reação de resposta imunobiológica aos compostos em desenvolvimento”, explica.
Com três lasers, a máquina, de origem americana, é uma raridade no país: além de Bio, apenas a Universidade de São Paulo (USP) tem uma semelhante, destaca a doutora em imunologia, Denise Cristina Matos, gerente do Latim. “Vamos poder analisar, ao mesmo tempo, diversos tipos de células, em diferentes plataformas e isso representa um ganho para a fase de testes”, orgulha-se Denise.
Jornalista: Isabela Pimentel
