nat-hiv-hcv-1-100x100-2A III Oficina Técnica Nacional sobre o kit NAT HIV/HCV aconteceu nos dias 30 e 31 de outubro, reunindo cerca de 80 participantes, dos quais 28 são representantes da hemorrede brasileira, no Everest Rio Hotel, em Ipanema. O evento discute melhorias nos processos.

O evento foi  promovido por Bio-Manguinhos, com a coordenação do Departamento de Relações com o Mercado (Derem) e apoio da Coordenação de Sangue e Hemoderivados (CGSH/ Ministério da Saúde). Esta oficina de trabalho teve o objetivo de fortalecer a rede, após a sua implementação nacional, estando instalada nos 14 hemocentros públicos, com a capacidade de analisar 2,4 milhões de bolsas de sangue que recebem anualmente. O último a ser incluído foi o HEMOBA (Bahia).

Estavam presentes no evento Guilherme Genovez, coordenador da CGSH/ Ministério da Saúde, João Paulo Baccara, gerente geral de Sangue, Outros Tecidos, Células e Órgãos, o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, o vice-diretor de Produção, Antonio Barbosa, e a vice-diretora de Gestão, Cristiane Frensch. Também estavam na oficina representantes dos estados do Amazonas, Pará, Ceará, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.

 

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Oficina reúne anualmente hemorrede para debater sobre o kit NAT HIV/HCV - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

Na mesa de abertura, o diretor Artur Couto expressou que este encontro anual, momento em que Bio se aproxima dos hemocentros e parceiros tecnológicos, além das empresas que fornecem os equipamentos da rede NAT, mantém um relacionamento produtivo. “De 2010 até hoje, já foram detectadas 19 janelas imunológicas, sendo 12 em 2013. Não podemos ficar parados, temos que buscar uma melhoria tecnológica contínua, trazendo o que há de mais moderno para o Brasil”, enfatizou Artur.


Guilherme Genovez comemorou a consolidação da rede NAT. “Foi um desafio a implantação nacional, principalmente na área tecnológica e de desenvolvimento. Lembrando que a Portaria MS nº 1353/2011 será publicada em breve e acontece em momento oportuno, quando 100% do sangue público está sendo testado pelo NAT”, salientou o coordenador geral.

Para a gerente do Derem, Denise Crivelli, a oficina foi um fórum de discussão. "É o momento de proximidade entre os sítios testadores de NAT, a Coordenação de Sangue e Bio, para debater sobre a melhor utilização do produto e seus serviços agregados. O objetivo é aperfeiçoar processos, envolvendo produção, qualidade, distribuição, atendimento ao cliente, testagem, transporte de amostras e outras questões”, esclareceu.

 

Debates

Um dos temas abordados foi a revisão da Portaria MS nº 1353/2011. O diretor técnico do Hemocentro de Campinas/Unicamp, Marcelo Addas Carvalho, apresentou detalhes técnicos da portaria, focando nas questões de triagem sorológica e NAT, retrovigilância e controle de qualidade. Com isso, passará a ser obrigatória a liberação das bolsas de sangue coletadas utilizando métodos de detecção de ácido nucléico como o kit NAT, visando prevenir a propagação da hepatite C e Aids.

O chefe substituto do Laboratório NAT da Cruz Vermelha alemã, Benjamin Müller, mostrou a sua bem sucedida experiência. Ele apontou que a principal diferença é que a Alemanha tem território menor que o Brasil, que é um país continental, o que torna o funcionamento pleno dos processos ainda mais desafiador. Benjamin explicou o fluxo de trabalho da rede NAT e como se dão os estudos, doações e testes naquele país.

A gerente do projeto kit NAT HIV/HCV de Bio, Patrícia Alvarez, apresentou todas as ações que Bio vem realizando desde a última oficina e mostrou as novas perspectivas do produto. “Estamos em contínuo aperfeiçoamento do produto. Queremos tornar a plataforma NAT mais flexível, incluindo mais alvos”, revelou.

 

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Benjamin Müller, da Cruz Vermelha alemã, mostrou a sua bem sucedida experiência - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos



NAT HIV/HCV

O teste diminui a chamada janela imunológica, que é o tempo entre a infecção e a detecção das doenças em um exame. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 20 a 30 dias após a exposição ao HIV e o teste consegue diminuir esta janela para 10 dias. Já no caso do HCV, que normalmente varia entre 49 e 70 dias, diminui para 20.

De janeiro de 2011 até setembro de 2013, Bio distribuiu 11.143 kits, o que significa a capacidade para testagem de 6.150.936 bolsas de sangue. Com a introdução gradual do NAT, de 2011 para 2012, houve um crescimento de 136% no número de reações entregues e estimamos chegar ao final de 2013 com um crescimento de mais 50% em relação a 2012.

Confira a galeria de fotos.

 

Jornalista: Gabriella Ponte

 

 

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