O Dia Nacional da Vacinação é comemorado dia 17 de outubro. Nesta data, fixada pelo Ministério da Saúde, é importante ressaltar que a vacina é a forma mais fácil de se proteger de uma doença, e melhor do que se submeter a um tratamento para se curar.

A primeira vacina foi criada em 1796, pelo inglês Edward Jenner, que injetou em um garoto de oito anos de idade um soro de varíola bovina, conseguindo imunizá-lo. A raiva de animais era facilmente transmitida para os humanos, mas em 1885, Louis Pasteur criou a vacina contra essa doença. A partir daí, surgiram vários outros tipos de vacina, mas uma das mais importantes invenções surgiu em 1960, pelas mãos de Albert Sabin, contra a paralisia, mais conhecida como gotinha.

A vacinação no Brasil surgiu no início do século XX. Naquela época, não existia saneamento básico nas capitais, o que comprometia a saúde das pessoas com epidemias de febre amarela, varíola e outras doenças. O médico sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado para chefiar o Departamento Nacional de Saúde Pública, a fim de promover uma revolução sanitária em razão das necessidades do país.

A medida não foi bem aceita pela população da época, que desconhecia os benefícios da vacina, levando a chamada Revolta da Vacina, com diversas manifestações populares.

 

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Oswaldo Cruz com seu filho Bento e Burle de Figueiredo - Imagem: Acervo da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz 

 

O que são as vacinas?

Vacinas são preparações que, ao serem introduzidas no organismo, desencadeiam uma reação do sistema imunológico (semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por determinado agente patogênico), estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune a esse agente e às doenças por ele provocadas.

O uso de vacinas tem maior custo-benefício no controle de doenças imunopreveníveis que o de medicamentos para sua cura. Resultado de muitos anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, as vacinas são seguras e consideradas essenciais para a saúde pública.

As vacinas são mais úteis e mais efetivas no controle de doenças infectocontagiosas do que o uso de medicamentos para sua cura, além de ser um método mais barato para controle da saúde pública. No Brasil, a vacinação foi responsável pela erradicação da varíola e da poliomielite (paralisia infantil).

 

Ajudando na saúde pública

O Ministério da Saúde oferece, gratuitamente, vários tipos de vacinas e promove campanhas para manter a saúde pública do país. As mesmas podem ser encontradas nos postos de saúde. As ações são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e têm o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis.

Toda criança recebe um cartão de vacinação quando nasce, específico para se controlar as vacinas que a mesma já tomou. Esse cartão contém dados de peso e tamanho, que deve ser preenchido somente por médicos, durante as visitas de rotina. Por volta dos dez anos de idade, a criança termina de receber todas as doses de vacinação, mas deve continuar a tomar as indicadas pelas campanhas de saúde, como a de febre amarela, tétano, dentre outras, garantindo sua saúde por toda a vida.

 

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 Menina sendo imunizada contra poliomielite no evento "Fiocruz pra Você" - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

 

Bio ajudando a imunizar a população

Bio-Manguinhos é responsável pela produção de 10 vacinas. Essa linha de produtos divide-se em dois grupos de vacinas: bacterianas e virais, ofertadas à população nos postos de vacinação em todo o território nacional. Das 10 vacinas oferecidas no Calendário Básico de Vacinação, sete são ofertadas pelo Instituto. Ao Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS), o Instituto entregou mais de 103 milhões de doses de vacinas em 2012.

As vacinas produzidas por Bio-Manguinhos são:

 

Bacterianas

arrow-1 Meningocócica AC (polissacarídica)

arrow-1 Haemophilus influenzae b (Hib) (conjugada)

arrow-1 Difteria, tétano e pertussis (DTP) e Hib – tetravalente

arrow-1 Pneumocócica 10 - valente (conjugada)

 

Virais

arrow-1 Febre amarela (atenuada)

arrow-1 Poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada, oral)

arrow-1 Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada, injetável)

arrow-1 Sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral – TVV)

arrow-1 Rotavírus humano

arrow-1 Sarampo, caxumba, rubéola e varicela (tetravalente viral – MMRV)

 

Bio exporta o excedente das vacinas febre amarela e meningocócica AC para agências das Nações Unidas, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-americana da Saúde (Opas) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em 2012, 80% do quantitativo exportado foi destinado ao combate de endemias em países africanos.

 

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 Tríplice Viral: uma das vacinas produzidas pelo Instituto - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

 

Introdução de novos produtos

A ampliação do acesso a imunobiológicos pela população também passa pela introdução de produtos no portfólio e na rede pública de saúde, por meio de desenvolvimento interno, parcerias ou acordos de incorporação de novas tecnologias com empresas e institutos nacionais e internacionais. Dessa forma, a partir do segundo semestre de 2012, o Instituto deu início ao fornecimento da vacina tetravalente viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), assim como da vacina poliomielite inativada.

 A carteira de projetos voltados a produtos, de 2012, abrange 36 iniciativas, que envolvem desenvolvimento e melhoria de produtos, transferência de tecnologia, estudos clínicos e pós-comercialização.

Foram assinadas 12 novas parcerias entre Bio-Manguinhos e outras unidades da Fiocruz e 23 pedidos de patentes foram depositados.

 

Jornalista: Gabriella Ponte 

 

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