A intenção é aumentar a competitividade e o avanço da inovação tecnológica da indústria biotecnológica nacional. A pesquisa foi coordenada por Heloisa Shor,  professora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais (Cedeplar)  e teve como objetivo aprimorar o entendimento sobre as oportunidades tecnológicas e de negócios, e conhecer os principais obstáculos enfrentados pelas empresas da cadeia produtiva biotecnologia do Brasil em áreas como recursos humanos e financeiros, propriedade intelectual (patentes), regulamentação, pesquisa, desenvolvimento, comercialização e atuação no mercado entre outras.

“Para o melhor desenvolvimento da indústria de biofármacos é necessário a adoção de políticas públicas que viabilizem os processos de transferência de tecnologia e fortaleçam a interação universidade-empresa, em sinergia com a Lei de Inovação Tecnológica para a formação das parcerias estratégicas entre ICTs e empresas, transformando conhecimento gerado em inovação”, destacou Heloisa. Segundo a professora, há necessidade de mais investimento na formação e treinamento de recursos humanos qualificados em gestão da propriedade intelectual, necessários para realizar a proteção e transferência de tecnologia de forma estratégica.

O estudo foi apresentado no final de setembro,  durante o 3º encontro do Ciclo de Debates de Biotecnologia, organizado pela ABDI, que teve como tema Bionegócios no Brasil: Sondagem de Inovação. Um dos objetivos do Ciclo foi justamente reunir as empresas, o meio acadêmico e o Governo. E o papel das empresas na discussão foi tratado pelo presidente da ABDI, Mauro Borges Lemos. “Sem a participação das empresas, o resultado não seria o mesmo. Os grandes atores desse processo são as empresas farmacêuticas. Também destaco a importância da grande rede de conhecimento dos Institutos de Pesquisa e Universidades envolvidos, mas as empresas são vitais neste processo”, afirmou.

O secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Nelson Fujimoto, considera que o momento atual apresenta uma janela de oportunidades para o setor. “Conseguimos articular os interesses da indústria farmacêutica brasileira, dos principais laboratórios que estão focados nesta oportunidade dos biofármacos. Por outro lado, temos também mercado. As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) de medicamentos biológicos com a questão do poder de compras públicas. E por fim a disponibilidade de crédito para inovação por meio da Finep e do BNDES”, citou.

O chefe do departamento da área farmacêutica do (BNDES), Pedro Palmeira destacou que os esforços privados não surtirão os efeitos desejados se não forem “estressadas” três políticas públicas. A primeira segundo ele é o financiamento lato sensu. “Não é aquele financiamento que a empresa vai ao banco, o gerente assina o cheque e pronto o financiamento está liberado. É um financiamento que parte da estruturação, de uma visão de negócio para onde caminhamos com a indústria, o que o País precisa”.


A outra questão lembrada por Palmeira é referente às compras públicas. “O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, merece todo nosso apoio e respeito por essa iniciativa que ele vem fazendo uma construção nada fácil em torno das PDPs para garantir o poder de compras para essa indústria incipiente de biotecnologia que precisa, pelo menos neste início de quem compra esses produtos biotecnológicos no Brasil que é o Governo”, falou Palmeira que revelou o terceiro quesito que deve ser amplamente discutido diz respeito a regulação do setor.


Fonte: Portal ABDI 

 

 

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