Com significado especial para a inovação, ao permitir manipulação de matérias em escala atômica, molecular e macromolecular, a nanotecnologia está presente em vários produtos do cotidiano, como telefones celulares, cosméticos, protetores solares e medicamentos. O tema tem sido tratado pelo governo como fundamental para o atendimento às novas demandas da saúde pública brasileira, o que se refletiu na criação de um grupo de trabalho para o marco regulatório de nanotecnologia, em 2010, com a proposta de algoritmo para a classificação de um produto como nanomaterial. 

Ciência na fronteira

Desvendando os desafios e mistérios de um mundo pouco conhecido - da nanotecnologia -, mas muito promissor por sua aplicabilidade na área de saúde, o responsável pelo Controle de Processo da Produção da Alfaepoetina Humana Recombinante, Eduardo Ruback, apresentou, no dia 28 de junho, a palestra que marcou a retomada dos seminários da Vice-diretoria de Desenvolvimento Tecnológico (VDTEC), abordando os aspectos da regulamentação e desafios do tema. 

Ruback explicou que a nanotecnologia, ou seja, o estudo da manipulação da matéria em uma escala atômica e molecular, desponta como uma das tendências para produção dos remédios biológicos, ao articular diversas áreas do conhecimento como física, biologia e química. Considerada uma área de fronteira, aplicada na terapia gênica, neurociências e bioinformática, tem como grandes desafios o desenvolvimento da base produtiva, capacitação de pessoas e adequação ao marco normativo.


Em pauta

Item do planejamento estratégico da Fiocruz, o tema foi a pauta da reunião entre representantes de Bio-Manguinhos, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), Fiocruz Paraná e da Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPPLR) na última semana. No encontro, foram debatidas metas globais que a tecnologia possibilita, como melhoria na administração de remédios, redução dos efeitos colaterais e maior acessibilidade da população aos medicamentos e apresentadas iniciativas de fomento às atividades do setor como realização de eventos temáticos, técnicos e discussões regulatórias.

 

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"Nosso objetivo é fomentar pesquisas, gerar informação, prospectar produtos nanotecnológicos",
explicou Ruback, durante apresentação

 

Eduardo Ruback, que representou o Iinstituto na reunião, ressaltou que a unidade tem interesse na pesquisa de novos adjuvantes, moléculas para biofármacos e reativos para diagnóstico, partindo da prova de conceito. “Em Bio,  as atividades que podem ser classificadas como nanobiotecnologia são a peguilação, kit diagnóstico, conjugação, formulação e encapsulamento”, explicou.

Ele encerrou a apresentação destacando as iniciativas que o Instituto promove sobre o tema, como a comunidade prática de nanotecnologia, a Cop Nanotec, parte do projeto da Gestão do Conhecimento. “No grupo, nosso objetivo é fomentar pesquisas, gerar informação, prospectar produtos nanotecnológicos. Todos estão convidados a participar”, conclui.

 

Jornalista: Isabela Pimentel

 

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