coronavirusNa última sexta-feira (29/5), em coletiva do Ministério da Saúde, foi anunciada a publicação de novo Boletim Epidemiológico específico sobre o Coronavírus, que apresenta um perfil epidemiológico de gestantes e crianças e adolescentes confirmados para COVID-19 a partir das informações do Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica da Gripe, o SIVEP-Gripe.

A coletiva contou com as presenças do diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância em Doenças Não Transmissíveis, Eduardo Macário; e da coordenadora-geral de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Luciana Sardinha, que apresentou ainda os resultados obtidos na pesquisa telefônica Vigitel.

A obesidade atingiu maior índice na população adulta do país em 14 anos, com 20,3% dos adultos. Entre 2006 (início da série histórica), e 2019 o aumento na faixa etária no país ficou em 72%.

Em relação a diabetes, 7,4% da população adulta do país é diagnosticada com a doença. Houve um aumento de 35% em relação aos números de 2006.

A hipertensão fiou estável - 24,5% dos adultos são diagnosticados com a doença, e a taxa mais alta é registrada na faixa etária de 65 anos ou mais (59,3%).

Por fim, o tabagismo caiu - o fator de risco saiu de 14,1% em 2006 para 9,8% em 2019, uma queda de 37,6% no período.

Perguntas específicas sobre a COVID-19 foram feitas a duas mil pessoas entre 25 de abril e 5 de maio. 87,1% relataram ter saído de casa pelo menos uma semana, e o índice foi maior no Sul, Sudeste e Centro-Oeste (89,6%) que no Norte e Nordeste (82,3%).

A prática foi mais comum nas faixas etárias abaixo de 50 anos (89,5%) que acima desta idade (82,6%). Os motivos informados para a saída de casa foram comprar alimentos (75,3%), trabalhar (45%), procurar serviço de saúde ou farmácia (42,1%), estar cansado de ficar em casa (20,5%) e prestar ajuda a familiar ou amigo (20,2%).

A pesquisa também perguntou os principais incômodos sentidos pelas pessoas - dificuldade de dormir ou dormir mais do que de costume (41,7%), falta de apetite ou comer demais (38,7%), sentir-se para baixo ou deprimido (32,6%) e sentir-se cansado ou com pouca energia (30,7%) foram os mais relatados. Em relação à higiene, as mulheres relataram higienizar as mãos frequentemente (88,6%) mais que os homens (80,2%).

Eduardo Macácio informou que o Brasil estava no 75° dia desde o primeiro caso, com a 45° maior taxa de incidência e a 24° maior taxa de mortalidade. Eram 3.963 municípios com casos (70,7%) e 1.645 com óbito registrado (29,5%).

Macário ressaltou a importância da vacinação para influenza, que está com baixo alcance da meta de cobertura vacinal. Por conta disto, a campanha de vacinação contra gripe, que seria encerrada na próxima sexta (5 de junho) foi prorrogada para o final do mês (30 de junho).

Segundo Macário, havia sido distribuidos 3.129.808 exames moleculares (RT-PCR )para os laboratórios centrais (lacens) nos estados, dos quais 2.641.006 estavam em estoque e 488.802 já tinham sido analisados. Ao mesmo tempo, 677.776 exames já foram solicitados para análise pelos lacens, centros nacionais de influenza e "laboratórios colaboradores". Portanto, os 488.802 significavam que apenas 72% tinham sido processados até aquele momento. Desde o início do processamento, a média geral é de 33.837 de exames por semana. Entretanto, nos últimos 30 dias até a data da coletiva, esta média havia subido para 55.491 exames processados por semana. Destes, 50,3% são analisados em até 2 dias, 24,4% de 3 a 5 dias e 25,3% em mais tempo.

Sobre hospitalizações, foram 192.801 até a semana epidemiológica 21. Destas, 65.758 por COVID-19, 1.936 por influenza, 2.402 por outros vírus respiratórios, 66.170 por síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs) não especificadas e 56.535 continuam em investigação.

Das hospitalizações de SRAG que evoluíram para óbito (41.621), 22.543 tiveram confirmação para COVID-19, 246 para influenza, 214 por outros vírus respiratórios, 14.373 por SRAGs não especificadas e utros 4.245 continuavam em investigação.

 

Acesse o especial sobre coronavírus do site de Bio-Manguinhos

 

Jornalista: Paulo Schueler.

 

 

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