O Brasil teve 2.369 casos confirmados de sarampo entre 29 de dezembro de 2019 a 11 de abril de 2020. É o que revela Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em 24 de abril. De acordo com a pasta, 1.748 (73,8%) casos foram confirmados por critério laboratorial e 621 (26,2%) por critério clínico epidemiológico. Outros 3.856 casos suspeitos seguem em investigação.

O vírus tem circulação ativa em 19 estados, com destaque para Pará (970 casos confirmados), São Paulo (532), Rio de Janeiro (515), Paraná (160) e Santa Catarina (96).

Até o momento, foram registrados quatro óbitos por sarampo em 2020: dois no Pará, de crianças com 5 e 18 meses; um no Rio de Janeiro, de uma criança de oito meses; e um em São Paulo, de uma criança com 13 meses de idade. Nenhuma das vítimas havia sido vacinada.

Problema não só no Brasil

O sarampo continua a circular na Europa, “afetando mais de seis mil pessoas nos primeiros dois meses de 2020”, afirmou o diretor regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge.

“Temos de fazer tudo o que pudermos para impedir que as crianças sejam vítimas desta pandemia (de COVID-19), devido à sua vulnerabilidade a doenças que podem ser prevenidas por vacinas. A COVID-19 não pode gerar este dano colateral”, ressaltou.

O responsável pelo programa de vacinação em situações de emergência sanitária da OMS na Europa, Siddharta Datta, complementou que “não devemos esperar para vacinar as crianças. A imunização nunca foi tão importante. Não podemos permitir que a COVID-19 abra a porta a outras doenças terríveis. O tempo para prevenir é agora”.

Na África, a situação é similar. “Mesmo em tempos de crise, devemos continuar a garantir a prestação de serviços de vacinação sistemática como parte integrante dos serviços de saúde essenciais”, disse a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

 

Acesse o especial sobre coronavírus do site de Bio-Manguinhos

 

Jornalista: Paulo Schueler

 

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