O avanço da Covid-19 tem preocupado os pacientes que vivem com doenças crônicas. Eles estão mais suscetíveis a ter versões graves da influenza e do próprio coronavírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 700 milhões de portadores de um transtorno do tipo sofrem de complicações sérias por ficarem gripados.

A vacinação contra o vírus influenza estará disponível gratuitamente para esse grupo nos postos de saúde a partir do dia 16 de abril. Entram na lista indivíduos com diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares, doenças reumáticas (como a artrite reumatoide e o lúpus) e ainda distúrbios gastrointestinais, a exemplo da doença de Crohn e da síndrome do intestino irritável

Em época de pandemia de coronavírus, essa imunização é extremamente importante. Se após a imunização os pacientes com doenças crônicas desenvolverem sintomas gripais (febre, tosse e dificuldade para respirar), comunique aos profissionais de saúde que já foi vacinado. Essa informação auxiliará na definição diagnóstica. A vacina é 100% segura, feita com o vírus inativado. Ela não transmite a gripe, isso é fake news. Ao aplicar a vacina, o risco de complicações diminui.

Para reforçar a proteção desse público, recomenda-se imunizar familiares, cuidadores e outros indivíduos do entorno. A vacina é gratuita para eles também, desde que com encaminhamento médico. Basta conversar com o profissional que atende o paciente e verificar se há necessidade desse apoio extra.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) destaca que condições que exigem controle constante com medicações também podem afetar a maneira como o organismo responde a uma infecção, tanto pela própria doença quanto pelos medicamentos. Entre as complicações mais comuns da gripe neste público, estão a insuficiência respiratória aguda, que pode levar à morte, e invasões secundárias por bactérias que se aproveitam da debilidade do corpo, como é o caso da pneumonia. Quem se imuniza, tem menos complicações e, dessa forma, diminui-se o número de internações.

Os pacientes com doenças crônicas possuem o organismo menos preparado para lidar com o vírus influenza. É como se ele reagisse de maneira mais devagar ao ataque. Doenças como a artrite reumatoide e a psoríase demandam medicamentos imunossupressores, que inibem a atividade dos mecanismos de defesa natural. Fármacos bem conhecidos, como os corticoides, têm esse papel.

Mesmo quem não faz esse tipo de tratamento, como, por exemplo, hipertensos e diabéticos, precisam ficar atentos. O estado de saúde provocado pela infecção pode comprometer órgãos já debilitados pela doença crônica.

 

Acesse o especial sobre coronavírus do site de Bio-Manguinhos

 

Jornalista: Gabriella Ponte com informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia

 

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