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Em reunião com o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, apresentou o empreendimento do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), apontado pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, como um dos projetos estratégicos para comemoração dos 120 anos da instituição. Aproveitando a oportunidade, Zuma destacou que o Instituto está em um momento de maturidade e isso se reflete no respeito e reconhecimento de parceiros, como o próprio Ministério, Anvisa e instituições privadas, dentre outros. 

Além de apresentar o CIBS, o diretor de Bio fez uma apresentação sobre o caráter estratégico da produção de vacinas para a saúde pública brasileira, contribuindo para o sucesso do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “Se pensarmos tendo em vista o horizonte das próximas décadas, nossa fábrica de Santa Cruz é vital para garantir a sustentabilidade nacional na área de imunobiológicos”, afirmou.

“Bio é avaliado por grandes empresas como um potencial membro de parcerias para desenvolvimento. Isso não é algo que nasceu ontem. É resultado da nossa capacitação, construída ao longo da existência do instituto, do nosso ímpeto de sempre ‘querer fazer’ e de estarmos atentos às demandas do mercado”, complementou.

Confira a entrevista com Maurício Zuma na íntegra

 

Bio-Manguinhos: Maurício, como você enxerga o atual papel de Bio no Complexo Industrial Econômico da Saúde e cumprimento da missão institucional da Fiocruz?

Maurício Zuma: Aprimoramos nossos mecanismos de controle e planejamento e estamos em constante aprendizado e evolução. Se hoje Bio-Manguinhos está na posição que está, isso é resultado de quatro décadas de atuação do corpo de funcionários, gestores e todos que contribuem diariamente para que nosso trabalho seja feito. 

Temos na Presidência da Fiocruz um ponto fundamental nesse relacionamento com o Executivo na defesa do compromisso que a Fundação tem com a saúde pública.

 

BM: Olhando esses 43 anos, do que deveríamos sentir mais orgulho nessa trajetória?

MZ: Bio não é só os produtos que entrega. Temos uma expertise única na produção de vacinas, biofármacos e kits de diagnóstico. Isso não seria possível sem compromisso, dedicação e investimentos. Precisamos sempre lembrar o orgulho que é ser reconhecido como o laboratório público com maior capacitação e potencial na área de biológicos.

Em um cenário adverso, ocupar essa posição e poder contribuir com a saúde pública brasileira é uma missão que precisa ser lembrada todos os dias.

 

BM: E quais os principais desafios nesse cenário que Bio vivencia?

MZ: Estamos em um mercado competitivo e em constante transformação, então, para inovar de forma crescente, é necessário foco na evolução, continuidade de projetos, priorização e qualificação do corpo de funcionários.

 

BM: Quais as perspectivas, em novos investimentos e produtos, para o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS)?

MZ: Nosso empreendimento em Santa Cruz é parte do projeto de futuro para a Fiocruz e a saúde pública brasileira. Lá, iremos processar vacinas e biofármacos e ainda contribuir para o mercado internacional. Fechando essa licitação do CIBS, aceleraremos a continuidade do projeto e isso já está validado pelo novo ministro.

 

BM: E para sustentar esse caráter estratégico, quais os principais pilares?

MZ: Ter um desenvolvimento tecnológico forte e focado, investir na qualificação do corpo funcional, focar na produtividade e entregas, além da inovação permanente.

 

BM: Quais outros marcos e destaques você gostaria de enumerar nesses 43 anos de Bio?

MZ: A conclusão do nosso Planejamento Estratégico (2019-2028) e o começo da execução das ações no cotidiano é uma grande expectativa para nós e motivo de orgulho. O plano foi um processo participativo, por isso, na fase da execução, as pessoas conseguem se ver nele. Isso vai aos poucos transformando a cultura. Também teremos o lançamento do Manual da Organização atualizado em breve. Isso será amplamente comunicado e trabalhado, sendo, ao lado do PE, mais um direcionador estratégico no dia a dia.

Também não podemos esquecer do projeto da Planta Piloto e a prestação de serviços. Focar nas plataformas e oferecer nossa expertise a outros parceiros irá gerar capital para investir especialmente em desenvolvimento tecnológico e, com isso, alavancar projetos estratégicos.

Na área de relações institucionais, estamos muito próximos ao poderes Executivo e Legislativo, buscando constante diálogo e parceria para dar continuidade aos projetos em curso. Vamos tentar medidas alternativas via negociação com o Congresso de forma a atender algumas especificidades da nossa unidade de, como a contratação de mão de obra. Um exemplo de projeto bem sucedido mediante nossa presença forte no congresso foi a aprovação da exportação de vacinas via Fiotec. Para mim, foi um marco desse cenário de possibilidades, baseado na construção de um relacionamento sólido e presença nessas instâncias.

Em relação à comunicação, estamos validando um Plano Integrado (fruto da nossa pesquisa feita em 2018) e diagnóstico no qual estão previstos a adoção de novas tecnologias e ferramentas, investimentos em audiovisual e fortalecimento do discurso institucional, de forma a dar mais visibilidade e protagonismo ao nosso papel e missão.

 

BM: Alguma mensagem final para os colaboradores?

MZ: O que somos hoje é fruto do trabalho e compromisso diário de todos. Precisamos dessa garra para o sucesso de Bio-Manguinhos nos próximos anos.

 

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