vacina srampo png

A primeira vacina contra o sarampo foi introduzida no Brasil na década de 1960, mas, como o imunobiológico era importado, sua implementação efetiva no país só foi possível após a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973.

Para reduzir a dependência externa no fornecimento da vacina, o governo brasileiro começou a apoiar projetos voltados para o desenvolvimento de imunobiológicos. Por meio de um acordo de cooperação técnica entre a Universidade de Osaka (Fundação Biken), Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a Fiocruz, em 1980, ficou estabelecida a criação de uma planta de produção da vacina sarampo em Bio-Manguinhos.

Em outubro de 2003, Bio-Manguinhos e a GlaxoSmithKline assinaram um acordo de transferência de tecnologia da vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral). A partir de 2004, foi iniciada a assimilação da tecnologia e o processamento final da vacina em Bio-Manguinhos. Ao final desse processo, a vacina será totalmente produzida no Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência da doença é reduzida nos países que conseguem manter altos níveis de cobertura vacinal. O sarampo continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas em todo o mundo, apesar de haver uma vacina segura e eficaz. Aproximadamente 110 mil pessoas morreram por sarampo em 2017 – a maioria crianças com menos de cinco anos.

As atividades aceleradas de imunização tiveram um grande impacto na redução das mortes por sarampo. De 2000 a 2017, a vacinação contra o sarampo evitou aproximadamente 21,1 milhões de mortes. O número de óbitos pela doença no mundo caiu 80% no período – passando de 545 mil no ano 2000 para 110 mil em 2017.

Por isso, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recomenda aos países das Américas que mantenham a cobertura vacinal da população-alvo em ao menos 95% (com duas doses da vacina) e fortaleçam a vigilância epidemiológica, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo.

No entanto, de acordo com recentes atualizações epidemiológicas da Opas, 12 países das Américas notificaram casos confirmados de sarampo nos últimos anos.

Bio-Manguinhos vem trabalhando firme para entregar a vacina tríplice viral ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), deixando-a disponível nos postos de saúde. Em 2019, ano de surto expressivo da doença, foram fornecidas 35 milhões de doses. Apesar das altas coberturas vacinais registradas no país, ainda há “bolsões” de pessoas não vacinadas.

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