A cada 10 bebês no mundo, um não foi vacinado em 2016. Segundo a Organização Mundial da Saúde, quase 13 milhões de crianças deixaram de receber a primeira dose da DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche – doenças potencialmente fatais. Além disso, outras 6 milhões só receberam a primeira dose, o que não garante a imunização.

De acordo com o órgão da ONU, a maioria das crianças que está fora do esquema vacinal também não tem o pleno atendimento nos sistemas de saúde.

No ano passado, oito países tinham menos de 50% de cobertura com DTP3, incluindo República Centro-Africana, Chade, Guiné Equatorial, Nigéria, Somália, Sudão do Sul, República Árabe da Síria e Ucrânia.

Embora o Brasil tenha um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, vêm ganhando força no País grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios.

 

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 A vacina tríplice viral é produzida por Bio.
Imagem: Bernardo Portella - 
Ascom / Bio-Manguinhos

 

Esses movimentos estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis por um recente surto de sarampo na Europa, onde mais de 7 mil pessoas já foram contaminadas. No Brasil, os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas no Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas.

O avanço já preocupa o Ministério da Saúde, que observa queda no índice de cobertura de alguns imunizantes oferecidos no Sistema Único de Saúde.

No ano passado, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, teve adesão de apenas 76,7% do público-alvo.

Segundo a OMS, a imunização atualmente previne entre 2 e 3 milhões de mortes por ano. É uma das intervenções de saúde pública mais bem-sucedidas e econômicas.

 

Informações da repórter Carolina Ercolin
Imagem da home: OMS

 

 

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