Vacina

A principal arma contra a doença é a vacinação, prevista no Programa Nacional de Imunizações do governo brasileiro e oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Administrada por via subcutânea, a vacina contém um vírus atenuado e confere imunidade ativa artificial por um período mínimo de 10 anos. 

Até agora, a vacina é indicada apenas para a população residente em áreas de risco a partir dos nove meses de idade, com a administração de dose de reforço aos quatro anos. Devido aos surtos recentes, a imunização passou a ser recomendada a partir de seis meses de idade também nas regiões onde houve epizootias. Para os dados mais recentes da situação epidemiológica do surto, clique aqui.

A aplicação da vacina deverá ser avaliada por médicos para pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, lactantes, pacientes com imunodeficiência e com outras patologias. No caso das grávidas, não houve consenso entre os médicos consultados pelo Medscape. O Dr. Artur Timerman a considera contraindicada, porque a vacina ainda não demonstrou não ser teratogênica. O Dr. Reinaldo Menezes Martins, consultor científico sênior da unidade produtora de vacinas da Fundação Oswaldo Cruz, Bio-Manguinhos, relativiza, afirmando que é necessário avaliar o risco/benefício nessta população. disse que ". Em áreas com circulação do vírus e casos humanos, elas devem ser vacinadas, mas cabe à equipe de saúde avaliar se isso é necessário," disse ao Medscape. 

 

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A unidade produtora de vacinas da Fundação Oswaldo Cruz é
Bio-Manguinhos. Imagem: Bernardo Portella

 

Esse cálculo do risco-benefício da vacinação depende de muitos fatores, como o paciente, o ambiente e, para alguns, a confiança no sistema. Quando perguntado sobre a conveniência ou não de tomar a vacina morando em São Paulo, o Dr. Timerman contou que responde aos pacientes: "Se você tiver a confiança que as autoridades estão tomando todas as medidas necessárias em termos de estimular o diagnóstico precoce e fazer vacinação de contenção de todo mundo em uma área de 50 km ao redor do local onde foi detectado um caso, não precisa. Eu não tenho."  

Na opinião do Dr. Eduardo Massad, "a vacinação de bloqueio é o correto, mas não adianta seguir sempre atrás do prejuízo. No momento, o risco é muito grande para não se expandir o programa de vacinação. Sim, é preciso introduzir a vacina de febre amarela no Programa Nacional de Imunização, porém é preciso desenhar uma estratégia ótima para fazê-lo. Não é para vacinar todo mundo, cada situação deve ser analisada. 'No calor da batalha' é a vacinação de bloqueio que deve ser feita. Mas temos de nos preparar para introduzir logo a vacina no programa do ministério, com critério e cautela."

 

Vacina, sim ou não? Eficácia maior que 95%.

Sim para: pessoas que residem em áreas com recomendação da vacina e vacinação emergencial para conter surtos a 50 km de distância de um caso. Uma abrangência maior está em avaliação. 

Não para: crianças menores de seis meses, pessoas com doença febril aguda e histórico de reações anafiláticas (alergia grave e imediata) a ovo de galinha e gelatina e pacientes em tratamento com corticoesteroides, antimetabólitos, radiação ou terapias imunossupressoras.

Avaliação risco-benefício para: grávidas, idosos, portadores de doenças autoimunes (como lúpus eritematosos sistêmico) e pessoas com histórico de doença do timo (timoma, miastenia gravis, timectomia).

Esquema para crianças: uma dose aos nove meses, com reforço aos quatro anos.  Em caso de surto, recomenda-se antecipar a primeira dose para os seis meses, repetindo-se aos nove meses e quatro anos. A partir dos cinco anos, uma dose, com reforço após 10 anos.

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