Para sensibilizar os colaboradores sobre a importância das práticas de biossegurança nos laboratórios e suas respectivas legislações, o Núcleo de Biossegurança (NBIOS) promoveu um curso sobre o tema, que já está em sua 13ª edição. Esta turma contou com 74 alunos, que assistiram às aulas de 16 de agosto a 14 de setembro, com carga horária total de 40 horas.

O curso é prioritariamente voltado aos colaboradores de Bio-Manguinhos, mas também capacita outros profissionais da Fiocruz e de instituições parceiras. “É importante enfatizar que o treinamento é obrigatório para as pessoas que trabalham nos laboratórios e lidam diretamente com material biológico. Mas qualquer colaborador interessado pode fazer o curso. Ter noções dos riscos é essencial para quem trabalha em Bio-Manguinhos. Lembrando, ainda, que é preciso renovar o curso a cada cinco anos”, destaca Andressa Guimarães, do NBIOS.

 

Corpo docente foi formado por profissionais de diversas unidades da Fiocruz. 

 

Entre os temas debatidos, estão a utilização de equipamentos de proteção individuais e coletivos (EPI e EPC); como lidar com saneantes (produtos utilizados para descontaminação nos laboratórios); procedimentos de experimentação animal, de acordo com as normas do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais; a importância dos laboratórios com Nível de Biossegurança 3 (NB3) em instituições de pesquisa; e os aspectos regulatórios relacionados à manipulação de Organismos Geneticamente Modificados (OGM).

Andressa ressaltou que, nesta edição, houve a participação de vários gestores. “Isso é muito positivo. Eles devem ser exemplo para os outros. Assim, na hora de exigir excelência nos procedimentos, eles terão mais propriedade”, afirmou. Desde 2012, são realizadas avaliações ao final do curso. “Dessa forma, é possível verificar o nível de conhecimento do aluno”, explicou Andressa. Especialistas de Bio, da Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde) e convidados externos (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança e Concepta) formam o corpo docente do curso. “Agradecemos a parceria de todos, inclusive da Editora Fiocruz, que doou três livros que foram sorteados para os alunos”, concluiu.
 
A Fiocruz, no Rio de Janeiro, foi a pioneira no país na divulgação do tema, realizando, em 1985, o primeiro curso de biossegurança do setor de saúde. Após este primeiro curso, sugiram na Fundação outros treinamentos sobre o tema, tendo como foco principal a segurança das pesquisas laboratoriais.

 

Texto e imagem: Gabriella Ponte

 

 

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