As autoridades internacionais de saúde já forneceram mais de 27 milhões de doses da vacina contra a febre-amarela a Angola e à Republica Democrática do Congo (RDCongo), para travar a epidemia, com a contribuição de Bio-Manguinhos. O Instituto enviou para o Congo, até agora, 2,5 milhões de doses e, para Angola, 1,3 milhão. Até o final do ano, estima-se fornecer mais 14 milhões para os dois países.

A informação consta do relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) libertado hoje e consultado pela Lusa, dando conta que estas doses foram garantidas pelo grupo internacional que coordena as reservas mundiais da vacina (ICG) e que "doses adicionais" foram ainda fornecidas pelo instituto brasileiro de tecnologia em imunobiológicos Bio-Manguinhos, mas sem precisar a quantidade.

Trata-se da uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, que assegura o "desenvolvimento tecnológico e a produção de vacinas, reativos e biofármacos" para atender "prioritariamente às demandas da saúde pública" brasileira, segundo informação do próprio instituto.

 

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A vacina de febre amarela produzida em Bio-Manguinhos está ajudando a
combater a doença na África. Imagem: Bernardo Portella - Ascom / Bio-Manguinhos

 

O instituto refere ainda que o seu Complexo Tecnológico de Vacinas é "um dos maiores e mais modernos centros de produção da América Latina", e garante a "autossuficiência em vacinas essenciais" para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde do Brasil.

Só em Angola, onde começou a epidemia que posteriormente alastrou à RDCongo, a febre-amarela já chegou, desde 05 de dezembro, aos 4.100 casos suspeitos e 373 mortos.

Para combater a epidemia, as autoridades de saúde angolanas juntamente com a OMS lançaram em fevereiro deste ano sucessivas campanhas de vacinação em massa da população. Só no município de Viana, arredores de Luanda, onde a epidemia se iniciou, foram vacinadas 1,8 milhões de pessoas, 10% do total do país alvo das campanhas. Acrescem 5,6 milhões de doses da vacina na restante província de Luanda.

 

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População da Angola e Republica Democrática do Congo está sendo 
amplamente imunizada. Imagem: Organização Mundial de Saúde

 

Além das 18,1 milhões de doses da vacina distribuídas em Angola, as reservas internacionais forneceram mais 9,4 milhões de doses à RDCongo.

A situação em Angola, conforme foi reconhecido anteriormente pela OMS, levou à rotura no armazenamento de emergência da vacina, gerido pelo ICG, que ronda atualmente os 5,7 milhões de doses.

A OMS prevê aumentar esse armazenamento para 19,7 milhões de doses no final do mês e para um pico de 27,7 milhões de doses no final de novembro.

 

Fonte: Lusa 

 

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