app-saude-100x100A saúde é indiscutivelmente uma das áreas públicas que mais necessita de suporte no Brasil. Atendimento precário, defasagem de equipamentos e cobertura insuficiente da atenção básica são apenas alguns dos principais entraves do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas o auxílio para esses problemas pode vir de um recurso inesperado, cada vez mais utilizado pelos cidadãos: os aplicativos para smarthphones.

A utilização de aplicativos neste segmento pode facilitar a comunicação entre profissionais, padronizar e dar mais rapidez a coleta de dados em grande escala, além de permitir que instrumentos clássicos para avaliação de pacientes sejam usados de forma ágil e mais consistente. O telessaúde já é uma das metodologias que emprega tecnologias da informação e comunicação (TICs) para prover o suporte clínico a distância. Ele usa alternativas para qualificar e ampliar o acesso às redes de cuidado à saúde. 

Três exemplos de aplicativos com grande potencial nessa área foram apresentados nesta terça-feira (25), em Brasília (DF), durante a palestra "Aplicações móveis na área da saúde: M-Health", promovida pelo Fórum RNP 2015. Frutos da parceria entre a Universidade Católica de Brasília (UCB) e a empresa Apple, eles auxiliam, respectivamente, no atendimento médico e consultas; às gestantes durante todo o período de gravidez; e no controle da vacinação. 

O primeiro app, chamado provisoriamente de Mapa da Saúde, oferece ao cidadão informações completas sobre os estabelecimentos de saúde no Brasil. Ele tem como base dados públicos que permitem saber sobre horários de consultas, como está a demanda por atendimento médico, além de traçar rotas para as unidades e permitir que as pessoas façam uma avaliação sobre as condições do local e seu atendimento. 

"Ele vai avançar particularmente nas questões relacionadas ao cidadão e ao SUS, pois abre esse canal de participação social e permite que as pessoas avaliem a situação do estabelecimento", explicou o professor da UCB, Eduardo Moresi, que apresentou os apps desenvolvidos pelos estudantes da entidade. 

 

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Aplicativos auxiliam consultas, às gestantes durante o período de gravidez 
e no controle da vacinação. Imagem: Creative Commons

 

Outro aplicativo de destaque nas apresentações é chamado de Mami. Ele permite a gestantes acessar dados que fornecem desde dicas de beleza até direitos trabalhistas nesse período, além de possibilitar o monitoramento da marcação de consultas e exames, registrar momentos da gravidez, consultar nomes para bebês e medir contrações. "Ele propicia ainda adicionar contatos de emergência, como médico, marido, ou pessoas mais próximas que possam ajudar a gestante em algum momento de emergência", acrescentou Moresi. 

Por fim, o aplicativo sobre vacinas, chamado VacinApp, serve para orientar os cidadãos sobre os serviços prestados pelo governo, ao mesmo tempo em que ajuda as pessoas a se organizarem quanto a datas de vacinação, quais ainda não tomaram, as que vão vencer. "A ideia não é substituir o cartão de vacina, mas ter um aplicativo que possa ser útil ao cidadão, para ele poder registrar essas vacinas, onde foram tomadas e também fazer alertas em relação ao vencimento delas", comentou o professor. 

"Um dos grandes desafios é conseguir que todo esse potencial tecnológico e de desenvolvimento científico que vem se acumulando no País nos últimos anos possa atender as necessidades na área de saúde, para que se otimize os atendimentos não só nos serviços públicos, como privados, dando a melhor capacidade de atendimento", destacou a coordenadora nacional do Programa Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde, Tâmara Guedes, também presente na palestra.

BEPiD

Os aplicativos foram criados por estudantes universitários no âmbito do Programa Educacional Brasileiro de Desenvolvimento para iOS (BEPiD), da Universidade Católica de Brasília junto a empresa Apple. A meta é oferecer serviços públicos de forma mais rápida e prática, ao mesmo tempo que se capacita estudantes para que se tornem desenvolvedores de aplicativos iOS. 

O professor Moresi é o coordenador do BEPiD e principal intermediador entre a UCB e as entidades que realizam parcerias com a universidade. Segundo ele, os três aplicativos ainda estão em fase de testes, para depois virarem produtos em diferentes plataformas da Apple Store. "A nossa alternativa é trabalhar com o web mobile, porque o nosso patrocinador é a Apple. Então a gente mantêm o desenvolvimento multiplataforma mas sem entrar em Android ou Windows Phone nesse momento", explicou.

 

Fonte: Leandro Cipriano - Agência Gestão CT&I

 

 

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