A violência na época não permitiu a concretização da iniciativa com a agilidade desejada, mas a decisão de contribuir permaneceu. “Desejávamos um espaço na localidade para a ampliação do Projeto Crescendo com Manguinhos, o que não foi possível naquele momento. A busca por espaço, no entanto, levou- nos a detectar o grupo de costureiras, o que nos permite trabalhar hoje na estruturação empreendedora”, explica Maria de Lourdes Maia (Lurdinha), que em 2008 estava à frente da Somar e é incentivadora da relação entre o Instituto e o grupo.

 

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As 'Costureiras da Varginha' recebem apoio do Somar - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

O projeto

A retomada ocorreu em dezembro de 2012, quando houve encontro entre o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto; o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha; a coordenadora da Assessoria Clínica (Asclin), Maria de Lourdes Maia; e o coordenador da Cooperação Social da Fiocruz, José Leonídio Madureira. A partir de então, ocorreram articulações com as costureiras e integrantes do Fórum Social de Manguinhos para verificar se o desejo de Bio tinha ressonância entre elas.

Em abril deste ano, duas representantes das costureiras estiveram no Instituto com a vice-diretora de Produção, Cristiane Frensch; a assessora da vice-diretoria de Produção, Elaine Teles; a coordenadora do Somar, Gisele Andrade; Maria de Lourdes e José Leonídio Madureira. O objetivo era estabelecer a parceria, cujo primeiro fruto é a qualificação profissional e capacitação de agentes multiplicadores no ramo de Vestuário, englobando atividades de incentivo e geração de trabalho e renda.

 

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Costureiras irão, com o projeto, organizar seu fluxo de trabalho - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

 Os desafios

O desafio agora é colaborar com elas na mobilização de novas profissionais que desejem aprender o ofício, através de Educação Popular. O objetivo é dar sustentabilidade econômica e financeira ao projeto “Costureiras da Varginha”, com a consequente melhoria da qualidade de vida na comunidade.

Josina Silva de Oliveira, carinhosamente chamada de “Chininha” por suas colegas, atua desde 1984 como costureira. Ela aposta no projeto para dar importantes passos – organizar seu fluxo de trabalho, estabelecer horários e rotinas e ter planejamento financeiro. “No início, ficamos assustadas com essa novidade, uma instituição vir até nós, querendo ajudar”, afirmou. Já a costureira Ana Paula de Mello ressalta a necessidade que ela e suas colegas terão de organizar a compra de material e estruturar a produção. “É o desafio da organização. Vamos superá-lo”, afirmou.

 

Jornalistas: Gabriella Ponte e Paulo Schueler

 

 

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