O principal evento de 2012 para a comunidade Fiocruz começou. De 9 a 11 de maio, a Plenária Extraordinária do 6º Congresso Interno, que acontece no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), no campus Manguinhos, no Rio de Janeiro, reunirá 259 delegados e 42 observadores, de todas as unidades da Fundação. Na mesa de abertura estavam o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, os cinco vice-presidentes da instituição, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Paulo Garrido, e o relator Arlindo Fábio Gómez de Sousa. O Regimento Interno da Plenária foi lido pelo coordenador da Comissão Organizadora, Pedro Barbosa, e aprovado na sequência. Para o presidente Gadelha, o Congresso Interno é a alma da Fiocruz e a instituição provou que a democracia é o melhor caminho para a tomada de decisões. "Nesse momento nós somos delegados da Fiocruz. O Congresso representa a universalidade do pensamento da Fundação e com isso qualquer questão significativa diz respeito à comunidade e não a unidades isoladas", afirmou.

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A mesa de abertura, com o presidente Paulo Gadelha no centro, contou com a presença
dos cinco vice-presidentes da Fundação e do presidente da Asfoc-SN


O momento é especialmente importante para Bio-Manguinhos, cuja Diretoria trabalhou arduamente nos últimos dois anos para apresentar uma proposta que transforma a unidade em uma empresa pública federal. Dois estudos foram encomendados a consultores externos, que apontaram o tipo de modelo jurídico mais adequado (empresa pública) e a viabilidade econômico-financeira do mesmo. A proposta, que tem o aval da Presidência da Fiocruz, foi apresentada em 19 unidades, incluindo as de outros estados. Esse tema é a principal pauta de deliberação da Plenária. A realidade atual de Bio-Manguinhos, que dificulta o atendimento às crescentes expectativas do Ministério da Saúde, foi exposta. "A busca por um modelo mais apropriado às atividades de produção garantirá o atendimento das demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), nas quantidades e prazos necessários, o que hoje não tem sido possível. Temos inúmeros entraves que, neste momento, apenas um novo modelo jurídico pode solucionar. Já esgotamos todas as alternativas", explicou o diretor de Bio, Artur Couto.

Até a decisão final, proposições e muito diálogo permearão o debate. Dez grupos de trabalho foram formados para discutir as pautas do encontro e contarão com dois relatores e um coordenador. Artur aguarda com expectativa o desfecho da Plenária. “Fizemos o que estava ao nosso alcance, talvez até mais. Percorremos diversas unidades da Fiocruz, compartilhamos informações para esclarecer e enriquecer a discussão. As pessoas queriam respostas acerca da viabilidade da nossa proposta e procuramos dar. Fiquei feliz por ter estimulado o debate e ajudado a formar opinião em algumas unidades”.

A Plenária será transmitida ao vivo, a partir das 9h, pelo site da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz): www.ensp.fiocruz.br

 

Entenda o Congresso Interno

Realizado a cada quatro anos, sempre no início da gestão das novas presidências, o Congresso Interno (CI) é o órgão máximo de representação da comunidade da Fundação Oswaldo Cruz e é símbolo da democracia da instituição. A instância integra representantes eleitos em todas as unidades – os delegados – que debatem de forma livre as necessidades da comunidade. Cada unidade tem um número proporcional à quantidade de servidores em seu quadro, que pode variar de 4 a 20 delegados.

 

O 6º Congresso Interno

Em outubro de 2010, com o mote “A Fiocruz como uma instituição estratégica de Estado para a Saúde”, aconteceu o 6º Congresso Interno, pautado em torno de três eixos: a saúde, o Estado e o viés estratégico assumido pela instituição, que tem papel decisivo para o desenvolvimento nacional.

A Plenária Extraordinária do 6º CI irá deliberar sobre o modelo de gestão da instituição, considerando as seguintes possibilidades: manutenção da Fiocruz como fundação pública autárquica; busca de melhorias incrementais; e a possibilidade de constituição de uma empresa pública federal controlada pela Fiocruz, de capital integral da instituição, voltada para a área de produção.

 

Jornalista: Rodrigo Pereira

 

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