Bio-Manguinhos torna-se parceiro institucional do Ciência MóvelUm sonho sobre rodas vem ensinando ciência fora da sala de aula , transformando curiosidade em conhecimento e contribuindo com a popularização e interiorização da disciplina no país. O Ciência Móvel – Vida e Saúde para todos, criado em 2007, é um projeto de museu itinerante dentro de um caminhão, que leva exposições, jogos, equipamentos interativos e oficinas para municípios da região Sudeste.

Fruto da parceria entre o Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz) e a Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do estado do Rio de Janeiro (Fundação Cecierj), ele veio para ajudar a mudar uma triste realidade no país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2009, um quarto dos municípios brasileiros não tinham nenhum tipo de museu.

 

Compromisso com cidadania

De acordo com o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, a parceria institucional ao projeto representa um avanço no que diz respeito à divulgação de informações na área de saúde, que funcionam como ferramentas de prevenção. “Temos que esclarecer a todos sobre a importância das vacinas, como elas funcionam. Um projeto que temos é a inclusão de um jogo sobre vacinas no Ciência Móvel”, adianta.

Tendo acompanhado de perto a criação do Museu da Vida, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou a divulgação científica como instrumento permanente de conscientização e formação de uma visão crítica. “Bio-Manguinhos, que já tinha atuação forte no Fiocruz pra Você vem colaborar neste processo, reforçando o compromisso de todas as unidades da Fundação com a cidadania”, reitera.

Gadelha ressaltou o processo de luta para que a difusão da ciência se tornasse algo internalizado na Fiocruz. “O que hoje parece tão natural é resultado de muito esforço, é uma conquista para uma instituição voltada para ciência ter um museu nascido em seu próprio campus”, pondera. Para o vice-diretor de Pesquisa da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Paulo Roberto Elian, este projeto funciona como um dos principais eixos da divulgação da ciência na instituição. "Levando conhecimento ao país, reforçamos nosso compromisso institucional", conclui.

 

Ciência para todos

O coordenador do projeto, Diego Bevilaqua, se orgulha dos seis anos de história do Ciência Móvel, com 6 mil quilômetros percorridos e muitas histórias emocionantes para contar. “É como transportar um pequeno museu da vida para todos os cantos”, conta.

Bevilaqua afirma que ao viajar para municípios afastados, que não têm acesso a museus e exposições, o projeto ajuda a mudar a realidade do país. “Foram 62 cidades contempladas, em 93 visitas, desde a criação”, explica. Para este ano, estão previstas a realização de oficinas e a revitalização da mostra “Vias do Coração”, em parceria com a Sanofi.

Luis Marcos Scolari, da Coordenadoria de Operações e Inovação do Museu de Ciência e Tecnologia da PUC/RS, foi um dos responsáveis pela criação do Programa Museu Itinerante (Promusit), em 2001, que representou uma das primeiras tentativas de levar ciência para comunidades afastadas e atendeu mais de 2,4 milhões de pessoas em 100 eventos. Ele acredita no poder de projetos como este. “Chegamos a cidades que nunca tinham visto nada parecido, levamos até elas um verdadeiro circo da ciência”, acrescenta.

Para a vice-presidente de divulgação cientifica da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), Mônica Santos Dahmouche, um dos passos fundamentais para popularização da ciência é a capacitação de professores, em oficinas, para desenvolver técnicas que motivem crianças e jovens a aprender e praticar a disciplina no cotidiano.

 

Jornalista: Isabela Pimentel

 

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