O objetivo, na fase II, é testar a imunogenicidade (capacidade protetora) e a reatogenicidade (segurança) da vacina meningocócica C conjugada em 360 crianças saudáveis, moradoras do bairro de Manguinhos e que são atendidas por equipes de Saúde da Família da iniciativa Teias (Território Integrado de Atenção à Saúde) – Escola Manguinhos. O estudo é realizado em parceria com o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) e tem como principais investigadores a pesquisadora da Ensp Elyne Engstrom e o consultor científico de Bio-Manguinhos, Reinaldo de Menezes Martins. A pesquisa será desenvolvida pelo setor voltado para estudos com vacinas, tendo à frente as médicas da Asclin, Tatiana Noronha e sua assistente, Carla Sepulveda.

"Quando os estudos forem concluídos, e sendo os resultados positivos, o imunizante fabricado pelo Instituto poderá ser aprovado pelas instâncias reguladoras para comercialização, e o País tem a chance de, num futuro breve, contar com duas vacinas ótimas contra o meningococo C, a causa mais importante de meningite no Brasil”, diz Elyne. A pesquisadora também observa que apesar de indivíduos de qualquer idade serem suscetíveis, crianças e adolescentes são mais vulneráveis ao meningococo, com risco de adoecimento, sequelas e mortes que poderiam ser evitadas com a vacina.

Reinaldo de Menezes esclarece que o imunobiológico desenvolvido em Bio-Manguinhos é tão bom quanto os que existem no mercado. “Com a vacina meningocócica C conjugada teremos mais um produto produzido no Brasil no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Isso reverterá em economia para o Ministério da Saúde, que não precisará importá-lo de laboratórios estrangeiros".

A coordenadora da Asclin, Maria de Lourdes de Sousa Maia, destaca a importância dos laboratórios públicos, que viabilizam a missão do Sistema Único de Saúde (SUS). "O SUS garante ao povo brasileiro o acesso ao PNI, que é amplo e tem credibilidade além de nossas fronteiras. Não podemos esquecer que o Programa é mantido graças à política de inovação em saúde”.

 

Jornalista: Elis Galvão

 

*Com informações do Informe Ensp.

 

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