Dias 15 e 16 de janeiro, ocorreu o evento “ADOPT BBMRI-ERIC Biobanking Workshop”, no Windsor Barra, que contou com a presença do curador do Biobanco Bio-Manguinhos, Ricardo Brum, e representantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e da Rede Fiocruz de Biobancos (RFBB). A Comissão de Implantação do Biobanco do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) também estava presente.

Países latino-americanos e europeus marcaram presença no evento, como Chile, Argentina e Bélgica. Neste, pôde-se trocar experiências sobre a excelência do trabalho em rede, estabelecimento de medidas de controle de qualidade, sustentabilidade e transparência, de modo a garantir o fluxo de amostras armazenadas em biobancos e sua utilização para fins de saúde pública, pesquisa e desenvolvimento tecnológico. As particularidades legais de cada país também foram comentadas.

Visita da UFRJ a Fiocruz

Em junho de 2018, foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) o credenciamento do Biobanco Bio-Manguinhos, o primeiro da Fiocruz, ganhando visibilidade nas demais unidades e instituições de ensino e pesquisa. Em sendo o primeiro Biobanco da Fiocruz credenciado, Bio-Manguinhos vem dando apoio técnico a instituições que buscam suas implementações e reconhecimento ético, como a Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e agora, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ).

Em 17 de janeiro, a Comissão de Implantação do Biobanco do HUCFF/UFRJ visitou o futuro Biobanco do IOC, em processo atual de credenciamento, e o Biobanco Bio-Manguinhos. Neste encontro, foi realizada uma apresentação institucional e, em seguida, uma apresentação que pontuou toda trajetória de Bio para a aprovação de seu Biobanco, desde a composição dos grupos de trabalhos da RFBB até a formação de grupos internos, estrategicamente composto com a missão de delinear as necessidades da Unidade.

Em dezembro de 2018, a equipe do HUCFF, por meio da RFBB, solicitou uma visita técnica, a fim de conhecer o processo, dificuldades encontradas, principais entraves e o caminho a ser percorrido, dada a experiência adquirida pelo Instituto. “No evento, conheci a Elizabeth Muxfeldt (HUCFF), diretora da divisão de pesquisa do HUCFF. Ela assistiu nossa apresentação e solicitou ajuda técnico-científica da Fiocruz para seu credenciamento. A visita pôde elucidar dúvidas técnicas e de estruturação, equipes necessárias, para o sucesso e sustentabilidade do Biobanco. Propus à mesma refletir sobre a possibilidade do trabalho em rede, incluindo o Centro de Ciências da Saúde/UFRJ”, explicou Ricardo Brum.

“Desde o início, o apoio da direção do Instituto, a participação de profissionais de biossegurança, engenharia, boas práticas e segurança do trabalho, foi mister para concretizarmos nossos objetivos. Nós participamos, desde 2014, de grupos de trabalho multidisciplinares da Fiocruz, que tinham o propósito de criar um modelo a ser seguido, estabelecer as diretrizes e, por fim, a RFBB. Sempre enxergamos a importância de Biobancos independentes, mas interligados por uma rede única, compondo assim a Rede Fiocruz de Biobancos, oferecendo suporte nas pesquisas que envolvessem coleta e armazenamento de amostras biológicas humanas, respeitando princípios éticos-regulatórios. No mesmo dia, ela nos informou que teve apoio da direção do HUCFF”, complementou Ricardo.

A partir dessa visita, foi estabelecido um acordo informal de cooperação entre a Fiocruz e UFRJ, para auxiliar na implantação do Biobanco do HUCFF. “Passei alguns documentos e artigos que darão base para eles. A UFRJ é nossa parceira em diversos projetos”, concluiu Ricardo, que contou que Elizabeth o agradeceu formalmente e ficou “apaixonada” pela Fiocruz e Bio-Manguinhos.

 

Jornalista: Gabriella Ponte

 

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