A doença é altamente contagiosa e a única forma de preveni-la é com a vacinação, aplicada gratuitamente no Sistema Único de Saúde. “É importante que todos estejam atentos a sua situação vacinal e quem não tiver com as vacinas em dia, procurem os serviços de saúde mais próximos para fazer a atualização da caderneta. Só assim a pessoa ficará protegida”, Carla Domingues, coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

A proteção da caxumba é feita pelas vacinas Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) e Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). A população de até 29 anos deverá ter duas doses da vacina, conforme indica o Calendário Nacional de Vacinação.

Caxumba pode atingir qualquer glândula do corpo

A caxumba é causada por um vírus da família dos Paramyxovirus. Ela pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso do corpo humano, mas geralmente afeta as glândulas que produzem a saliva e as próximas ao ouvido. Por causa disso, a doença é popularmente conhecida como Papeira.

A incidência é maior em crianças, mas também pode afetar adultos em qualquer idade. Por isso, a importância de manter a caderneta de vacinação sempre atualizada.

Como ocorre a transmissão

Por meio da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. De forma menos frequente, também pode ocorrer pelo contato com objetos e utensílios contaminados com secreção do nariz e/ou boca.
O aparecimento dos sintomas (período de incubação) pode acontecer entre 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de transmissibilidade da doença varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus da caxumba pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.

“Às vezes a pessoa não tem sintoma nenhum e já está transmitindo a caxumba. Por isso a vacina é tão importante”, ressalta Júlio Croda diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

A transmissão ocorre por via aérea, através da disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. De forma menos frequente, pode ocorrer pelo contato com objetos e utensílios contaminados com secreção do nariz e/ou boca.

O diretor ainda lembra que existe vacinação para várias fases da vida e quem não tomou Tríplice Viral na infância deve buscar a vacinação nos postos de saúde.

“Estamos com o Movimento Vacina Brasil porque observamos queda geral nas coberturas vacinais, principalmente na infância. Mas é importante lembrar que adolescentes e adultos também têm calendário vacinal. A imunização da caxumba é com duas doses na infância e, a depender da situação vacinal, adolescentes e adultos devem buscar a vacinação”, alertou o Diretor.

Sintomas

Seus primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Inchaço e dor nas glândulas salivares, podendo ser em ambos os lados ou em apenas um deles.

É comum que a infecção em homens adultos provoque inflamação nos testículos (orquite) e nas mulheres, infecção do tecido mamário (mastite).

Em um terço dos casos, a infecção não apresenta sintomas e adquire maior gravidade após a adolescência, sendo a meningite e a epidídimoorquite duas importantes manifestações e complicações da doença, mas que geralmente não deixam sequelas. “Apesar de ser considerada, de certa forma, benigna, quando tem um caso ou surto de caxumba é muito preocupante porque indica a baixa cobertura dessa vacina, que previne também outras doenças”, alertou o diretor.

Em menores de 5 anos de idade, são comuns sintomas das vias respiratórias e perda da audição. Outras complicações são encefalite e pancreatite. As gestantes devem ter atenção especial no primeiro semestre, pois a doença pode ocasionar aborto espontâneo.

Tratamento

Não existe um tratamento específico. É recomendado apenas repouso, uso de medicamentos para aliviar a febre e dor local e observação cuidadosa de aparecimento de complicações.

No caso de haver inflamação nos testículos, o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor. Nos casos que cursam com meningite asséptica e encefalites o tratamento também é sintomático, conforme orientação médica. Além disso, a boa higiene bucal é fundamental.

 

Fonte: Blog da Saúde

Foto: SMS - PMPA

 

Alerta de cookies

Este site armazena dados temporariamente para melhorar a experiência de navegação de seus usuários. Ao continuar você concorda com a nossa política de uso de cookies.

Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade clicando no botão ao lado.