“Hoje as pessoas da região vivem mais e de forma mais saudável graças aos ODM, têm menos risco de morrer por malária e os bebês mais probabilidade de sobreviver ao parto e chegar aos cinco anos de vida.” Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento humano, os ODM foram aprovados por países nas Nações Unidas em setembro de 2000. Nesse sentido, os países se comprometeram a abordar temas importantes para o futuro da humanidade, como a eliminação da extrema pobreza, preservação do meio ambiente e a proteção e promoção da saúde da população, entre outros.

O relatório mostra que os objetivos relacionados à erradicação da extrema pobreza e da fome (ODM1), redução da mortalidade infantil (ODM4) e garantia da sustentabilidade do meio ambiente (ODM7) foram alcançados entre 1990 e 2015. Por outro lado, o objetivo 6, que visa o combate ao HIV/Aids, à malária e outras doenças foram alcançados em parte, embora o ODM5, relacionado à redução da mortalidade materna não tenha sido alcançado, apesar de demonstrar progressos.

De acordo com o relatório da OPAS, a proporção de crianças menores de 5 anos abaixo do peso na América Latina e no Caribe caiu 63% entre 1990 e 2013, e a proporção da população incapaz de cumprir os requisitos mínimos de alimentação foi reduzida em 60% – passando de 69 milhões de pessoas em 1900 para menos de 37 milhões em 2015.

A mortalidade em crianças menos de 5 anos na América Latina e no Caribe caiu 66% (de 43 para 15 a cada mil nascidos vivos) entre 1990 e 2015 e a mortalidade entre crianças com menos de um ano nas Américas foi reduzida em 62% (de 34 para 13 a cada mil nascidos vivos) no mesmo período. Os países da região conseguiram pausar a propagação do HIV e começaram a reduzir sua prevalência. A prevalência do HIV na América Latina e no Caribe diminuiu de 0,28% em 1990 para 0,17% em 2015. O objetivo de fornecer acesso ao tratamento para todos os que precisam não foi alcançado, embora a taxa de cobertura tenha melhorado significativamente (44%).

 

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Conheça alguns metas dos Objetivos do Milênio

 

Os casos de malária e mortes relacionadas caíram consideravelmente (64% e 78%, respectivamente, entre 2000 e 2013), assim como a prevalência de tuberculose e mortalidade. Estima-se que a incidência de tuberculose caiu de 56 para 26 casos a cada 100 mil habitantes entre 1990 e 2015. Quase 95% dos habitantes das Américas tiveram acesso à água potável, de acordo com cálculos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), enquanto a proporção da população sem acesso a melhores serviços de saneamento diminuiu 48,5% entre 1990 e 2015.

Em contraste com esses resultados predominantemente positivos, a região como um todo não alcançou o objetivo de reduzir em três quartos a mortalidade materna entre 1990 e 2015; cálculos das Nações Unidas apontam que a redução nacional durante esse período foi de 49%, de 102 para 52 a cada 100 mil nascidos vivos. A proporção de partos atendidos por profissionais de saúde capacitados aumentou de 74% em 1990 para 94% em 2014.

Segundo o relatório, esse progresso reflete os avanços no acesso aos serviços de saúde e para a cobertura de saúde universal, assim como os esforços conjuntos em vários setores para abordar determinantes sociais e ambientais da saúde das pessoas. “Os ODM ajudaram a reforçar o compromisso global com a saúde e o desenvolvimento humano. Eles têm levado a uma resposta em escala mundial sem precedentes e forjado parcerias inovadoras”, disse Fortune.

Entretanto, a inequidade continua a ser um obstáculo para o progresso nas Américas. O relatório enfatiza que a recessão de 2008 trouxe consideráveis restrições orçamentárias a vários países, criando ainda mais desafios para alcançar os objetivos. “As lições aprendidas servirão como base para a concepção e implementação da abordagem da OPAS para ajudar os países da região a avançar com a nova Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, concluiu Fortune.

O Conselho Diretor da OPAS reúne ministros da Saúde e representantes de alto nível dos Estados-Membros em Washington (EUA), para discutir e analisar políticas saúde, definir prioridades para os programas de cooperação técnica da OPAS e promover a colaboração em saúde pública em nível regional.


Fonte e Imagem: OPAS/OMS

 

 

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