Destinado a especialistas da área, profissionais de serviços de vigilância em saúde e estudantes de pós-graduação em temas ligados aos tópicos em discussão, o encontro, de alto nível científico, aconteceu no auditório do instituto, no Recife, com a proposta de discutir de forma mais abrangente, com especialistas qualificados, o conhecimento disponível, as principais dúvidas científicas e os encaminhamentos necessários para solucioná-las.

Entre os palestrantes estavam a coordenadora do estudo clínico epidemiológico de caso-controle desenvolvido pela Fiocruz PE, Celina Turchi; o pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha; Paolo Marinho de Andrade Zanotto, da Universidade de São Paulo; Amilcar Tanuri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Alain Kohl, da Universidade de Glasgow (Escócia).

 

fiocruzpe interna

Workshop A B, C, D, E do Vírus Zika. Imagem: Fiocruz Pernambuco

 

Falando mais sobre flavivírus

Elena Caride e Marcia Archer apresentaram os desafios para o desenvolvimento de uma vacina para zika. Flavivírus causam epidemias em diferentes regiões geográficas do mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais dependendo dos vetores (mosquitos e carrapatos) e animais reservatórios específicos. Hoje, estão licenciadas vacinas para febre amarela, encefalite japonesa, encefalite causada por carrapatos e dengue desenvolvidas utilizando diferentes plataformas tecnológicas (vacinas inativadas, vivas atenuadas e recombinantes).

"O desenvolvimento de qualquer vacina passa por uma série de etapas tecnológicas desde a descoberta da doença, obtenção de candidatos à vacina, estudos pré-clínicos, desenvolvimento de processos de produção, desenvolvimento de controles de qualidade, bem como os estudos clínicos em humanos fases 1 (segurança), 2 (imunogenicidade) e 3 (eficácia). O principal desafio atual para o desenvolvimento de uma vacina para zika é o estabelecimento de modelos animais que possam reproduzir a doença e serem usados para testar a eficácia dos candidatos à vacina", explicou Elena.

Bio-Manguinhos tem como objetivo utilizar plataformas existentes na Fiocruz, já aplicadas ao desenvolvimento de vacinas para outros flavivírus, na obtenção de diferentes candidatos à vacinas que possam passar para uma avaliação da sua eficácia em animais. Em seguida, pretendemos desenvolver os processos de produção do candidato selecionado e caminhar para os estudos clínicos em humanos", finalizou Elena.

Para o diretor da Fiocruz Pernambuco e coordenador do Workshop A B, C, D, E do Vírus Zika, Sinval Brandão Filho, o “evento foi um sucesso e superou as expectativas da comissão organizadora em número de participantes. Tivemos também um elevado nível das palestras, assim como excelentes debates após cada sessão, em busca do conhecimento sobre os vários aspectos abordados sobre a doença, seu diagnóstico e vetores envolvidos”.

 

Fonte: Blog da Saúde e Diário de Pernambuco (com informações de Gabriella Ponte - Ascom de Bio-Manguinhos)
Imagem da home: Alice Souza / Diário de Pernambuco

 

Alerta de cookies

Este site armazena dados temporariamente para melhorar a experiência de navegação de seus usuários. Ao continuar você concorda com a nossa política de uso de cookies.

Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade clicando no botão ao lado.